Paulo de Oliveira na liderança

Mais uma vez a Paulo de Oliveira SA, foi considerada a melhor empresa do sector têxtil. Há quatro anos consecutivos que a empresa de Paulo Oliveira se mantêm no topo do ranking da revista Exame e o segredo deste sucesso depende sobretudo do investimento tecnológico feito ao longo destes 4 anos. Em 2000 foi feito um investimento na automatização das secções de tinturaria e acabamentos. A informática, os laboratórios de controlo de qualidade e o departamento de investigação e desenvolvimento de novos produtos, foram também alvo de investimento neste ano. Nas palavras de Paulo Nina Oliveira, presidente da empresa, o compromisso com a tecnologia “faz deste grupo um dos maiores da Europa na indústria de lanifícios”. Mesmo com a subida do preço das matérias primas e dos combustíveis em 2000, a Paulo de Oliveira SA teve um aumento de 20% do volume de negócios em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Para este aumento contribuíram a compra da empresa Penteadora, adquirida em 2000, que veio reforçar a capacidade produtiva do grupo, bem como a aquisição de duas novas empresas – uma de fiação de cardado e outra de tecelagem. Assim, a empresa acaba não precisar recorrer a recursos ou serviços externos já que o processo produtivo integra de forma auto-suficiente a fiação, a tecelagem, a tinturaria e os acabamentos. A empresa produz tecidos de pura lã extrafina e mistura de lã com outras fibras tais como o linho, a seda, o algodão, a poliamida e o poliester, estando agora a especializar-se em tecidos elásticos fabricados com licra. A grande maioria da produção é exportada principalmente para os países da União Europeia, mas também para o Canadá, Estados Unidos, Japão, Hong Kong e para alguns países do Leste. E como é que esta têxtil da Covilhã faz frente a concorrentes como a Turquia e os países de Leste? Mais uma vez a tecnologia é uma aliada, juntamente com a qualidade e o design de moda, “só assim se entende que consiga competir, por um lado, com o bom serviço, alta qualidade e design de vanguarda dos produtos italianos e, por outro, com produtos de preços baixos vindos de países que utilizam mão-de-obra extremamente barata, como a Turquia e os países de Leste”, acrescenta o responsável.