Palu surfa novas ondas

A marca portuguesa de surfwear está a aumentar a sua oferta ao nível de produtos e a dar passos firmes numa estratégia que passará pela internacionalização. Para já, antecipa que 2023 possa ser o melhor ano de sempre.

[©Palu]

A oferta da marca portuguesa criada por João Velhinho está a aumentar, ao mesmo tempo que o número de peças disponíveis se torna menor. Parece contraditório, mas na verdade a estratégia da Palu passa por alargar o tipo de artigo que oferece, acrescentando, por exemplo, uma linha de calções de banho ao seu portefólio de hoodies, sweatshirts, t-shirts, casacos, ponchos e toalhas de praia, ao mesmo tempo que se foca na exclusividade, com menos peças de cada artigo.

João Velhinho [©Palu]

O objetivo, explica João Velhinho, que é também CEO e designer da marca, é «reforçar a estratégia comercial» da Palu e «alavancar a sua notoriedade». Neste sentido, a marca terá uma loja móvel que irá marcar presença em grandes eventos um pouco por todo o país.

O desenvolvimento de três coleções completas e algumas coleções-cápsula são igualmente metas para a marca, que tem como mote “inspirado no mar, desenhado para ti” e é procurada por jovens e adultos apaixonados pelo surf, mas não só, sendo por exemplo usada pelos remadores olímpicos Afonso e Dinis Costa.

A expectativa para este ano é conseguir o melhor resultado de vendas de sempre, atingindo o marco dos 100 mil euros, um valor que, destaca o CEO, «não é coisa pouca», tendo em conta que a Palu começou por «fazer roupa de boa qualidade com um design diferenciador, a um bom preço, para mim e para os meus amigos».

Sustentabilidade em dia

A somar à qualidade, a marca tem igualmente preocupações com a sustentabilidade. Alguns dos artigos, como tote bags, paraventos, toalhas de praia e ponchos, são feitos com restos de stocks de várias fábricas têxteis portuguesas. A marca utiliza ainda tintas à base de água na estampagem e opta por embalagens 100% recicláveis. «Tanto as tintas como as malhas dos ponchos – onde são utilizados fios reciclados –, por exemplo, têm certificação Oeko-Tex», salienta João Velhinho.

[©Palu]

Além disso, os felpos são feitos com malha ketten, que, refere a marca, além de possuir maior resistência, durabilidade, permeabilidade, absorção e suavidade, necessita de menos água durante a lavagem e de um tempo de secagem muito inferior, poupando recursos.

Os produtos da Palu são ainda expedidos com um flyer informativo que contém sementes de diversas plantas no seu interior, «para que o conceito e a história da marca germinem dentro da casa de cada cliente», realça João Velhinho.

O made in Portugal faz igualmente parte da estratégia. «Valorizamos o nosso país e, por isso, escolhemos fazer a produção dos artigos em Portugal, onde conseguimos a qualidade que tanto desejamos», sustenta o CEO.

Os próximos passos passam pela internacionalização, mas «de uma forma economicamente sustentada», assim como pela abertura de lojas físicas próprias. Atualmente a Palu vende sobretudo online, estando ainda disponível em pontos de venda multimarca em Lisboa, Cascais e Matosinhos.