Países asiáticos planeiam consórcio no sector têxtil

Os sete países doSouth Asian Association for Regional Cooperation (SAARC) planeiam formar um consórcio de têxteis e de vestuário de forma a fazer frente à concorrência da China em 2005, ano em que serão eliminadas as quotas de importação no âmbito doMulti-Fibre Arrangement (MFA).

 

O SAARC foi constituído em Dezembro de 1985, sendo composto por diversos países asiáticos, nomeadamente: Índia, Paquistão, Sri Lanca, Nepal, Bangladesh, Butão e Maldivas, sendo o total das exportações de têxteis cifrada em 70 mil milhões de dólares (55 mil milhões de euros).

 

A ideia de um consórcio têxtil com os países do SAARC, já havia obtido o incentivo e apoio da associação indiana de exportadores de vestuário, aConfederation of Indian Apparel Exporters (CIAE), tendo sido bem aceite na última reunião do SAARC em Islamabad. As negociações com as diversas associações ligadas à indústria têxtil e do vestuário dos vários países da região já foram iniciadas.

 

Considerando os preparativos que estão a ser realizados pela China, os outros países da região acreditam que se não forem desenvolvidas estratégias conjuntas, os países do SAARC não poderão fazer face a esta concorrência, arriscando-se a perder a sua fatia no mercado mundial dos têxteis e do vestuário.

 

O principal objectivo do consórcio de cooperação é explorar as vantagens inerentes a cada um destes países concorrentes, aumentando as exportações da região através do desenvolvimento de uma enorme rede de distribuição e da maior complementaridade entre os diversos países.

 

O consórcio proposto teria diversas vantagens, como o desenvolvimento de novos tecidos e matérias-primas, tendo por base as características específicas de cada país; consolidação das empresas e desenvolvimento de economias de escala; comercialização de vestuário de elevado valor acrescentado; diversificação do tipo de artigos; deslocalização das empresas de vestuário para países com menor custo de mão-de-obra; aumento da força do sector nas negociações sobre políticas nacionais; e abertura de gabinetes comerciais nos países pertencentes ao consórcio.