Para o relatório, o Barclaycard inquiriu mais de 2.000 homens no Reino Unido e descobriu que estes gastam uma média mensal de 114 libras (aproximadamente 128 euros) em vestuário e calçado. As mulheres que responderam ao mesmo questionário desembolsam uma média mensal de 88,60 libras nas mesmas categorias.
Na categoria de beleza, os homens gastam 40,90 libras por mês e as mulheres uma média de 35,30 libras – ainda que a maquilhagem não seja uma prioridade para a ala masculina e os perfumes de senhora sejam mais caros.
Todavia, ressalva o portal de tendências WGSN, os dados não mostram se o consumo de vestuário é mais elevado simplesmente porque os artigos de homem são mais caros ou se a diferença significa apenas que as mulheres são consumidoras mais experientes, capazes de procurar e encontrar promoções com mais facilidade e maior frequência.
O que o relatório assinala, no entanto, é que os homens gastam mais em roupas novas (67,10 libras) por mês do que em bebidas (60,30 libras) ou em bilhetes para eventos desportivos (40,50 libras), o que denota uma importante mudança comportamental.
O Barclaycard sublinha que a mudança aconteceu, em parte, porque os homens estão cada vez mais conscientes da importância da sua aparência, mas também porque os retalhistas subiram em termos de volume, qualidade e gama dos artigos disponíveis nas secções de homem.
Por outro lado, o clã masculino mostra-se menos propenso a devolver artigos e é o responsável por aproximadamente um quarto do total de devoluções (26%).
No entanto, o mercado de moda masculina é muito mais pequeno do que o feminino. Os números da Mintel, divulgados durante a semana da moda masculina de Londres, em junho, revelaram que o mercado de moda masculino representa apenas 27% do total do sector na Grã-Bretanha.
Os dados permitem ainda perceber que a ala masculina mantém um elemento fundamental na sua relação com a moda – os homens continuam a detestar compras. No relatório, 21% dos inquiridos prefeririam cortar a relva e 9% escolheriam limpar a casa de banho ou visitar o dentista a ter de fazer compras.
Na lista de motivos para odiar as compras estão as lojas lotadas (36%), itens que pretendem mas que não estão disponíveis no seu tamanho (42%) e filas (35%), com 40% a aguardarem apenas cinco minutos antes de abandonarem a fila e saírem da loja. Isso explica também por que motivo 48% dos inquiridos preferem comprar online.
O responsável de estratégia da Barclaycard Payment Solutions, George Allardice, salvaguardou que «os retalhistas precisam de continuar a inovar para garantirem que a experiência de compra é tão agradável para os homens como é para as mulheres, seja online, em dispositivos móveis ou na loja».
No campo da tecnologia, ambos os sexos gostariam de ter mais possibilidades de pagamento em loja, contornando assim as longas filas (20%). Aproximadamente a mesma percentagem de consumidores gostaria de explorar as mais-valias das tecnologias de realidade virtual para ver se uma determinada peça de roupa assenta bem, evitando assim os provadores.