O “Índice de Excelência 2017” é um estudo de clima organizacional e desenvolvimento do capital humano da autoria da consultora Neves de Almeida, desenvolvido em parceria com a Human Resources Portugal, a Executive Digest e o Indeg-Iscte a partir da análise das respostas de 30 mil colaboradores e 200 empresas de diferentes escalas e sectores de atividade. A atribuição dos prémios realizou-se no passado dia 20 de fevereiro, na Fundação Oriente, em Lisboa.
«Esta distinção enche-nos de orgulho, pois revela que estamos no caminho certo no que diz respeito às nossas políticas de desenvolvimento do capital humano e que essas foram reconhecidas pela satisfação dos nossos colaboradores», afirma Alberto Tavares, CEO da Olbo & Mehler, em comunicado.
O estudo da Neves de Almeida permite uma avaliação da perceção geral dos colaboradores relativamente à empresa, identificando pontos fortes e fracos.
«Temos uma cultura de melhoria contínua muito enraizada e, por isso, vamos olhar com muita atenção para o que podemos fazer melhor, para que no futuro consigamos manter um elevado nível de excelência», acrescenta o CEO da especialista em têxteis técnicos que garante postos de trabalho a 285 pessoas em Portugal.
Antes da gestão do capital humano, já a Olbo & Mehler havia sido distinguida pelo investimento feito na melhoria de produtividade. O projeto realizado em parceria com o Instituto Kaizen valeu no passado uma distinção a nível nacional à empresa cujo leque de produtos vai dos tecidos para correias de distribuição dos motores para a indústria automóvel até aos tecidos para a indústria de proteção balística, passando por correias de transporte para a indústria mineira, entre outros. «Fomos olhar todo o processo produtivo e ver onde tínhamos desperdícios e ineficiências. Os resultados foram significativos. Se eu olhar à produção quilo/hora/homem de 2014 e comparar com o acumulado à data deste ano [2017], aumentámos a produtividade 14%», destacou Alberto Tavares numa entrevista publicada na edição de maio de 2017 do Jornal Têxtil (ver Olha o robot!).
«Para além da melhoria da produtividade, reduzimos o desperdício. Tínhamos um nível total de desperdício na ordem dos 7,5% e está em 6,3%. E reduzimos o stock de matéria-prima para metade – agora temos 3 milhões de euros, sem afetar a produção e o processo», acrescentou o CEO.
De Portugal para o Mundo
Embora a empresa, de origem alemã, tenha adquirido em 2016 uma fábrica na República Checa, com valências complementares, nomeadamente nos revestimentos, o núcleo de I&D continua concentrado no nosso país. «Portugal tem todas as condições para concorrer com qualquer país do mundo nesta área dos têxteis técnicos e isso permite-nos criar aqui um polo de desenvolvimento bastante interessante», destacou Alberto Tavares.
Por isso, entre 2017 e 2018, o objetivo da Olbo & Mehler é, como sinalizou Alberto Tavares em maio último, investir mais 4 milhões de euros em Portugal – dos processos produtivos às instalações, passando por uma nova unidade de tratamento químico dos tecidos. «Diria que com esses investimentos a fábrica está pronta para os próximos 20 anos», afirmou (ver Olbo & Mehler a todo o vapor).
A Europa, com destaque para a Alemanha, continua a concentrar 70% das vendas da Olbo & Mehler, que vende para 39 países do mundo, dentro de uma carteira de 60 clientes, dentro da qual se destacam nomes como a ContiTech (automóvel), a MVS [Mehler Vario System] (coletes à prova de bala) e a Fenner Dunlop (sector mineiro). Os EUA, Austrália, África do Sul, Brasil e a Índia são outros mercados importantes.