Criada em dezembro de 1994 como instrumento de rendimento e dignificação de uma população urbana marginalizada e em situação de “Sem-Abrigo”, a revista Cais é o projeto mais icónico e reconhecido da Associação Cais. Este é ainda hoje o primeiro propósito da revista, ainda que não seja já o único instrumento de um processo complexo de integração social, principalmente focado no desenvolvimento de competências pessoais e sociais.
Na edição de janeiro, a revista conta com a participação de Alexandra Moura, que, com cerca de duas décadas de fervilhar criativo na moda, foi agora desafiada pela Associação Cais a assumir o cargo de diretora convidada.
No editorial, a designer escreve: «Saí das ciências para mergulhar na Moda. Das ciências trouxe a metodologia de trabalho, a questão da análise das coisas e, por conseguinte, o raciocínio da solução. Há todo um universo dentro de mim que precisa de ser comunicado e este foi o meio que escolhi para o fazer, partilhando assim a minha perspetiva das coisas. Confesso que é a forma mais confortável para dialogar com o mundo, mesmo que através de símbolos, formas, cores, conceitos».
Ainda nesta edição especial, a criadora de moda convidou o fotógrafo Rui Aguiar para captar as fotos para a revista Cais. O retratista apresenta também um portfolio de imagens na rubrica “Narrativa Fotográfica”, denominada “Um pedaço de alma que sai por uma cicatriz”.
O preço de capa são 2 euros e 70% da receita das vendas reverte para os vendedores. A revista contribui para a capacitação e participação de cidadãos excluídos ou em risco de exclusão social.
