O homem do luxo

Aquele que é considerado como o homem mais rico da Europa e que construiu um importante império do luxo acaba de regressar de uma breve visita a um dos mercados da LVMH que tem registado elevado crescimento: a Mongólia. «Gosto de ver a reacção das pessoas quando vão às compras», afirmou Bernard Arnault, o empresário de luxo, de 61 anos acrescentando ainda que a sua competitividade levam-no a gostar de «conhecer a concorrência, para poder estar sempre um passo à frente, sempre em vantagem». Louis Vuitton, Loewe, Givenchy, Emilio Pucci e Fendi são algumas das marcas da LVMH e algumas das insígnias mais desejadas do mundo. Provavelmente por isso, nada parece afectar o crescimento deste conglomerado do luxo, nem mesmo as constantes crises económicas mundiais. O segredo para este crescimento constante deve-se sobretudo, ao investimento em países em pleno crescimento como é o caso da Mongólia, Líbano, Polónia e Vietname. Arnault tem usufruído das vantagens do seu pioneirismo nesses mercados e, por consequência, conseguir implementar as suas marcas nos melhores pontos de venda a custos relativamente baixos. «A LVMH sempre foi pioneira. Fomos os primeiros a abrir uma loja de luxo [Louis Vuitton] na China. Naquela altura, a China ainda não tinha carros, só existiam bicicletas. Neste momento temos 35 lojas na China e é precisamente desta forma que trabalhamos. Acreditamos que podemos chegar mais longe, ao apostar em países com margem de crescimento», explicou Bernard Arnault. No entanto, para Arnault falta à LVMH duas marcas para completar a sua “lista ideal” de moda de luxo: a Hermès e a Chanel. Por isso, durante os últimos meses, a LVMH tentou conquistar o capital do criador das bolsas Birkin, a Hermès) No passado mês de Outubro, o gigante de luxo anunciou que controlava 14,2% da empresa, uma percentagem que já cresceu para 20,2%. Com esta iniciativa, Arnault já se converteu no primeiro accionista individual da Hermès e deu o primeiro passo para completar a sua lista de marcas de luxo, associadas à LVMH, somando às restantes insígnias uma empresa especializada em artigos de pele e seda. Os dados económicos da Hermès também atraem Arnault. A empresa prevê encerrar o exercício de 2010 com um crescimento de 15% e atingir um volume de negócios de 1.900 milhões de euros.