Um relatório da União de Sindicatos de Braga, divulgado pelo Correio do Minho, revela os números do desespero de cerca de 10 mil trabalhadores, de 41 empresas sediadas em dez concelhos do distrito. Os casos referenciados pela União de Sindicatos abrangem os sectores do calçado, eléctrico e electrónico, têxtil, metalúrgico, comércio e serviços. Sendo que, Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão são os concelhos que apresentam as maiores dificuldades. A lista faz referência a uma série de empresas que ainda não pagaram os salários, subsídios de férias e de Natal, mas continuam em funcionamento, como é o caso da “Custódio Cunha”, de Braga, da “Garrano” ,de Guimarães, “Alcafil”, Requião, “Fiação e Tecidos do Bairro” sediadas em Famalicão e “Confecções Cávado”, de Esposende. Mas, o sector têxtil, bem como o de calçado, não sofre só com os salários em atraso. Algumas empresas como é o caso da “António Xavier & Filhos”, “Polystar”, “Cajolis”, “Salili”, “Indústria de Calçado de Ponte” e “Inovação Indústria de Calçado” continuam a dever indemnizações aos trabalhadores depois de anunciarem falência. Só em Famalicão há cinco empresas em risco – Alcafil, grupo Maria Cândida Neves, Fiação e Tecidos do Bairro, Safil e Fiação Serves, todas elas com problemas sem solução à vista. Mas não é o sector têxtil o único afectado pela crise, as dificuldades alastram-se a todos os outros sectores onde centenas de trabalhadores a laborar em difíceis condições e psicologicamente afectados pela possibilidade de entrarem para a lista de desempregados.