As previsões são do economista-chefe da NRF, Jack Kleinhenz, que assume que, tal como nos últimos anos desde a pandemia, também este será um ano diferente. «As últimas épocas de compras de Natal foram repletas de peculiaridades incomparáveis para consumidores e retalhistas», sustenta Jack Kleinhenz num comunicado publicado no website da federação.
Em 2020, as vendas aumentaram 9,1% em termos anuais, apesar dos desafios do Covid-19, e houve uma mudança significativa para as compras online, uma vez que os americanos ficaram em casa. O forte aumento da procura superou os estrangulamentos da cadeia de aprovisionamento, atingindo uma taxa de crescimento recorde de 12,7% em 2021. E as vendas da época festiva em 2022 aumentaram 5,4%, graças às poupanças acumuladas durante a pandemia, que proporcionaram uma certa proteção face ao aumento da inflação. As compras online continuaram, mas mais consumidores regressaram às lojas.
«Este ano, está em vigor todo um novo conjunto de dinâmicas», aponta o economista-chefe da NRF. «A família média permanece numa situação financeira relativamente sólida, apesar da pressão de uma inflação ainda elevada, das condições de crédito exigentes e das taxas de juro altas. Revisões recentes dos dados governamentais indicam que os consumidores não utilizaram tanto das suas poupanças da pandemia como se acreditava anteriormente e isso ainda está a proporcionar uma reserva para apoiar o consumo. A história geral desta época festiva é que parece muito boa», resume Jack Kleinhenz.
A NRF espera um consumo recorde durante esta época festiva – considerada entre 1 de novembro a 31 de dezembro – e prevê que as vendas a retalho aumentem entre 3% e 4% em comparação com 2022, para um valor entre 957,3 mil milhões de dólares e 966,6 mil milhões de dólares. A taxa de crescimento é consistente com o aumento médio anual de 3,6% entre 2010 e 2019. As vendas totais projetadas para o retalho, excluindo concessionários de automóveis, postos de combustível e restaurantes, deverá ultrapassar o recorde de 929,5 mil milhões de dólares estabelecido no ano passado.
«Embora exista uma incerteza significativa sobre a performance da economia, ela continua a evoluir e a desafiar as previsões de recessão, provando que é mais resiliente do que o previsto», destaca Kleinhenz. «Espero que o ritmo recente de consumo continue durante a época festiva e que os consumidores continuem a gastar numa variedade de itens e experiências, mas a um ritmo mais lento. As famílias estão a começar a época em condições financeiras decentes e a gerir as restrições dos seus salários num contexto de taxas de juro mais altas e obrigações financeiras mensais mais elevadas, à medida que procuram manter o seu modo de vida», acrescenta.