O NanoStim, iniciado em 2020, tem como objetivo desenvolver um sistema de tratamento inovador de (nano)elétrodos secos de alto desempenho integrados num vestuário capaz de realizar, via eletroestimulação, a reabilitação de lesões musculares avançadas e reverter a ausência de mobilidade, tanto em ambiente clínico, como domiciliário.
No passado dia 28 de junho, o NanoStim apresentou um protótipo «ergonómico, confortável, sem risco de dermatite alérgica e de fácil utilização», revela a Impetus em comunicado. «O sistema NanoStim foi integrado numa peça de vestuário fácil de vestir, funcionando como um dispositivo auxiliar na neuro-reabilitação. Os biossinais são enviados remotamente para algoritmos de Inteligência Artificial (IA), colocando o profissional de saúde, em tempo real, com acesso a informações do utilizador, bem como a decisão da terapêutica a aplicar, que os processam para determinar os níveis corretos de eletroestimulação a serem aplicados, permitindo uma terapia personalizado às necessidades do utilizador», explica.
Segundo a empresa, o protótipo, que é de fácil utilização, «representa uma evolução singular no tratamento de doenças neurológicas, esqueléticas e musculares e um marco na reabilitação de deficiências motoras», dando a «possibilidade de realizar terapia sem a necessidade de deslocação [dos utentes] a um centro hospitalar, resultando numa diminuição dos encargos sociais e económicos».
«É com grande entusiasmo que trabalhamos diariamente para o avanço da tecnologia têxtil e assim aprimorar a qualidade de vida dos nossos clientes e parceiros», sublinha o grupo Impetus numa publicação nas redes sociais.
O projeto é liderado pela empresa IncreaseTime, focada no desenvolvimento de software e gestão de projetos, e o consórcio inclui, além do Grupo Impetus, a Universidade do Minho, que desenvolveu (nano)elétrodos, o Instituto Politécnico de Bragança, que trabalhou na área da microeletrónica, as empresas TeandM, centrada na integração de elétrodos e Nélson Azevedo – Terapias Globais, especialista em terapias de tratamento muscular, e a Universidade do Texas Austin, para ajudar na integração vestível dos sensores e implementar o sistema de análise de software de biossinal baseado em Inteligência Artificial.