Nada é impossível

O grupo alemão dedicado ao vestuÁrio de desporto não estÁ preocupado com as informações que no ano passado deram conta do interesse de outros grupos na aquisição da marca. O dirigente da Adidas, Herbert Hainer, pôs um ponto final nos rumores dos últimos tempos que evocam, uma vez mais, um possível interesse da americana Nike e da japonesa Asics. Não faz qualquer sentido, as autoridades da concorrência jamais autorizariam uma operação dessas», assegurou, esclarecendo ao mesmo tempo que nenhuma empresa fez qualquer aproximação. Pelo contrÁrio, à imagem da Nike, que quer comprar o grupo britânico de artigos de desporto Umbro por mais de 400 milhões de euros, Herbert Hainer não fechou a porta às aquisições. Mas para jÁ deve tratar-se de apenas de operações modestas. Pode sempre acontecer que compremos uma pequena marca», admitiu. E é provavelmente no segmento de outdoor, domínio onde a Adidas estÁ relativamente pouco presente. Inclusive, o grupo estÁ a observar algumas possibilidades na China, onde a realização dos Jogos Olímpicos de Pequim, que terão lugar este ano, deverão dinamizar o consumo. O principal desafio da Adidas mantém-se, contudo, na dinamização da Reebok, comprada por 3,2 mil milhões de euros em Fevereiro de 2006. Herbert Hainer reconheceu que a integração foi mais difícil do que inicialmente previsto, nomeadamente no mercado norte-americano, onde alguns retalhistas, saldaram os produtos e desligaram-se da imagem da marca após a compra pela Adidas. Para Herbert Heiner, é preciso agora revitalizar a Reebok», considerando a operação totalmente positiva do ponto de vista estratégico. Este processo de renovação da insígnia passarÁ por uma modernização dos produtos e por um reposicionamento em direcção ao sportswear em detrimento do lifestyle, como acontece actualmente. Se tudo acontecer como previsto, a Reebok deverÁ retomar o equilíbrio a partir de meados de 2008. Para jÁ, esta compra permitiu à Adidas economizar nalguns sectores, nomeadamente ao nível da sua estrutura de compras, que a partir de 2009 deverão atingir os 175 milhões de euros.