«Quando foi a última vez que viajaste?» é o mote do vídeo promocional da DCK, a marca portuguesa de calções de banho que deixa um convite à descoberta de «lugares, pessoas e culturas».
Com duas lojas em Lisboa, um showroom no Porto e um portal online fiel a todo o imaginário da marca, a DCK tem vindo a crescer desde que foi fundada, tendo sido incluída na lista das “29 startups a conhecer em Portugal” pela revista Baron Mag.
A marca foi lançada em 2009, depois de uma viagem a Bali, onde Duarte Costa, o fundador, viu a oportunidade de «criar um negócio que ainda não existia em Portugal: fatos de banho masculinos», revela Fernando Costa, responsável pelo marketing da DCK, ao Portugal Têxtil.
Hoje a DCK é detida por dois irmãos e dois primos: Duarte Costa, 31 anos, fundador e responsável pela produção, Fernando Costa, 29 anos, responsável pelo marketing e comunicação, Francisco Guedes, 29 anos, responsável pela área financeira e Martin Tresca, 31 anos, responsável pela operação.
O quarteto apaixonado pelo produto, algo que faz com que saiba «exatamente o que fazer, pois sabemos o que queremos como utilizadores e potenciais clientes», já anunciou este ano duas novidades: uma segunda loja na capital (que se junta ao espaço aberto em 2015, perto do Largo do Rato) e a venda no showroom Latitid, no Porto, na zona da Foz.
Em Lisboa, o novo espaço abriu portas no Chiado, em maio, no número que serviu de morada à histórica loja de candeeiros Casa Maciel. Num ambiente de praia – entre aquários com peixes exóticos, areia nos rodapés, teto e paredes em pinho estilo “bar de praia”, corrimões de corda e um lounge, onde o cliente é convidado a relaxar ou a beber uma cidra – o espaço recebe artigos novos de duas em duas semanas.
Para este espaço com «decoração à medida», a DCK destacou «a sua maior gama», sendo que, no total, a marca oferece 350 opções em seis coleções, «todas de edições limitadas».
A Sport oferece «fatos de banho feitos com elastano, mais leves, com padrões mais extrovertidos e ideais para praticar desporto» e a Casual propõe modelos «mais comuns, de riscas ou lisos, feitos em poliamida» e está disponível em perna alta ou curta. Já a Classic, calções «semelhantes aos Casual, mas mais curtos e com cintura elástica e rede interior», é o modelo ideal «para quem gosta do estilo mais tradicional», enquanto a Cotton apresenta um «estilo mais hipster, com aspeto gasto e padrões étnicos».
Atenta às tendências, de moda e do mercado, a DCK disponibiliza ainda a coleção Venice, «o molde que está na moda na Califórnia, com cintura elástica e altura a meia perna, padrões simples ou arrojados» e, em breve, disponibilizará uma linha de criança «com padrões iguais aos de adulto (Sport), mas em tamanhos de criança a partir dos 12 meses», adianta Fernando Costa.
Na loja do Chiado, a DCK vende «cerca de 50% a estrangeiros, com o maior público a vir de França», mas Portugal «continua, de momento, a ser o maior mercado», analisa o responsável de marketing. Aos pontos de venda físicos, junta-se depois o portal online que, com vendas para os quatro cantos do mundo, tem «muitas encomendas de Inglaterra, Espanha e Alemanha, bem como algumas da Holanda, Suíça e Bélgica», enumera.
Procurando livrar-se da sazonalidade deste segmento de produto, a investida da DCK passa por «aumentar substancialmente o mercado online, inclusive para fora do continente europeu», refere Fernando Costa, acrescentando ainda que «o objetivo, já para este inverno, é conseguir angariar vendas de países onde seja verão no nosso inverno, como o Brasil, Austrália, Costa Oeste dos EUA e África do Sul, entre outros».
Para colocar um “check” nessas ambições, o marketing tem sido das ferramentas mais exploradas pela DCK. «Estamos sempre a inovar as nossas estratégias de marketing», sublinha. No marketing físico, o responsável considera que é fácil ver que a DCK está a crescer. «Tivemos Mupis em Lisboa, patrocinámos uma equipa de futebol da 1ª Liga (Tondela) e temos muitos embaixadores a ajudar-nos a comunicar», aponta.
No digital, o estádio é de aprendizagem e investimento «de forma a dar a conhecer a marca a todo o mundo», algo que «está a ter os primeiros efeitos agora», revela Fernando Costa, que sublinha que as vendas da DCK «este ano, começaram em abril e desde aí têm crescido progressivamente. Estamos sensivelmente 100% acima de 2015».
Com «85% da produção» em Portugal, «apenas as coleções Sport e Cotton, por incluírem Lycra, material demasiado caro em Portugal, têm que vir de fora», os preços da maioria dos produtos DCK, «à exceção da coleção Classic», cifram-se nos 39 euros.