Japão, Austrália, Nova Zelândia e Coreia do Sul são alguns dos maiores mercados da especialista em têxteis-lar em jacquard, numa lista encabeçada pelos EUA e que integra também países europeus. «A exportação é 99,9%», afirma Xavier Leite, presidente da Têxteis Penedo, adiantando que está a «negociar o salto para a China».
Fruto deste envolvimento com a internacionalização, a empresa tem apostado numa política de proximidade com os clientes. «Visitamos os clientes duas ou três vezes por ano – fazemos uma volta ao mundo duas vezes ao ano», revela ao Jornal Têxtil.
A produtora de roupa de cama e de mesa presta sobretudo serviços a terceiros, embora detenha as marcas próprias TP Hotelware, para a hotelaria, a Macal by Penedo, para mantas e cobertores, e a Têxteis Penedo. «O principal objetivo da Têxteis Penedo é a prestação para terceiros, para marcas, empresas e associações», explica Xavier Leite. «Não apostamos numa coleção para as nossas marcas, que são usadas de acordo com o pedido de alguns clientes», acrescenta.
Apostas de valor
No entanto, há uma área em que a Têxteis Penedo tem vindo a investir e a ganhar nome no mercado: a inovação. Na última edição do Modtissimo, a empresa desvendou o PhotoFabric, um tecido jacquard em 100% algodão com alta densidade de fios e sem rapport a toda a largura e comprimento, que permite decorar, por exemplo, uma parede completa com uma imagem com grande nitidez.
Do portefólio fazem igualmente parte as cortinas decoradas com iluminação LED e a os tecidos com fios de cortiça e algodão, resultantes de um projeto de I&D em parceria com a Sedacor, que esteve em destaque na Heimtextil no início do ano. «As primeiras impressões são extremamente positivas. Existe a curiosidade pelo produto, agora falta ver a aceitação do público em geral, do consumidor. Mas penso que não será problemático», assegura o presidente da Têxteis Penedo. Em cima da mesa está a possibilidade de «usar a marca Têxteis Penedo para diferenciar, porque é realmente um produto exclusivo – está registado mundialmente, quer a patente, quer a produção do fio», indica.
Apesar da acalmia sentida no ano passado, que fez com que a Têxteis Penedo tenha «mantido a mesma situação», com um volume de negócios a rondar os 11 milhões de euros, os investimentos não têm parado. «Nos últimos seis anos, investimos um a dois milhões de euros por ano», admite Xavier Leite. «Já este ano estão a entrar máquinas novas», aponta.
Ordem para crescer em 2019
O desenvolvimento do negócio também tem perspetivas promissoras para 2019. «Esperamos que este ano os mercados comecem a abrir mais um bocadinho em função do que já se sabe, nomeadamente algumas aberturas, como aconteceu recentemente com o Canadá e vai agora acontecer com o Japão. Tudo isso são alguns fatores motivadores para que se possam desenvolver mais negócios», considera.
Os objetivos para o corrente ano estão, de resto, bem definidos na cabeça do presidente da Têxteis Penedo. «Tentar crescer 3% a 5% e ver se conseguimos implementar no mercado o nosso novo produto, o tecido de cortiça. E a partir daí ver como é que as coisas vão evoluir», conclui Xavier Leite.