ModaLisboa é “à la carte”

A próxima edição, uma coorganização entre a Associação ModaLisboa e a Câmara Municipal da cidade, regressa ao Pátio da Galé para quatro dias repletos de desfiles, exposições, apresentações e performances onde a criatividade terá um papel principal.

Desde outubro de 2016 que a ModaLisboa não se realizava neste espaço, tendo passado por outros locais emblemáticos da cidade como o CCB, o Pavilhão Carlos Lopes, as Antigas Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento, os Jardins do Parque Eduardo VII, a Estufa Fria e o Capitólio, o Hub Criativo do Beato e, nas últimas duas edições, no espaço Lisboa Social Mitra.

«Foram anos de itinerância pelas várias Lisboas que cabem dentro da mesma cidade, de experiência e experimentação em espaços e públicos que transportamos, agora, para a base. O centro histórico, criativo e nevrálgico de Lisboa, que é também o lugar onde todos os dias pensamos o que é, e o que pode ser, a moda nacional», explica a organização em comunicado.

ModaLisboa à la Carte é o tema desta edição que, «tal como o apetite, se alimenta no ato de partilha e comunhão», prometendo reunir «os melhores produtos da estação», no que chama de uma «degustação em que a mise en place é da ModaLisboa, mas a criatividade é servida pelos designers». Aliás, refere, «são os criadores que chefiam o banquete de indulgências carnais e transcendentes. O que vos espera é doce, é salgado, é ácido e é picante, tanto aquece como refresca, tanto enche como deixa água na boca».

Embora a agenda completa esteja ainda por desvendar, o primeiro momento já é conhecido e estará aberto a todos. Num local ainda secreto, no dia 5 de outubro terão lugar as Fast Talks – com especialistas que irão abordar temas atuais da indústria da moda – e será inaugurada a exposição Workstation New Media. Este último projeto, que tem o apoio da República Portuguesa — Cultura / Direção Geral das Artes, tem como objetivo destacar trabalhos criativos na área dos novos media, juntando moda com o digital, 3D, NFTs, construção virtual e tridimensional de objetos e avatares, interação humana em espaços digitais como gaming, realidade aumentada ou realidade virtual.

Estes dois momentos, acredita a ModaLisboa, «trazem para a mesa os sabores complexos, mas urgentes, do papel do design na crise climática, da inovação tecnológica enquanto motor de mudança e da construção de marca num presente volátil».