A inauguração chegou a estar agendada para 28 de novembro, mas a evolução da pandemia e as restrições à movimentação de pessoas levou ao adiamento da abertura do museu, concretizada no passado dia 20 de maio.
A organização manteve-se inalterada, com o primeiro piso dedicado ao know-how da indústria têxtil nacional, onde estão descritos os principais momentos da sua evolução, do século XVI até à atualidade.
Do espólio consta um tear de lançadeira de 1910, anúncios luminosos alusivos a empresas têxteis antigas, sementes de linho e património de fábricas como a Riopele e a Têxtil Manuel Gonçalves, nos quais se pode observar canelas de fio, medidores de tensão de fios, máquinas de debuxo, amostras de tecido e um livro de tendências.
Neste primeiro piso os visitantes podem ainda descobrir os vários processos produtivos, da fiação à confeção, e assistir a duas curtas-metragens, realizadas por alunos da Universidade da Beira Interior, relacionadas com a indústria têxtil.
Há igualmente um espaço dedicado à indústria do calçado e uma sala de «curiosidades de moda portuguesa», como descreve Catarina Jorge, coordenadora do projeto do Museu da Moda e do Têxtil, citada pela Lusa. Aí os visitantes podem encontrar um par de “chinelos peixe”, em borracha, de Lidija Kolovrat, uma peruca de porcelana, de Nuno Gama, um colar de concha e osso com aplicação de cristais, de Ricardo Preto, ou uma mochila em malha, de Susana Bettencourt.
À Lusa, Catarina Jorge sublinha que a sustentabilidade no universo da moda foi igualmente uma preocupação e objeto de reflexão, uma vez que é necessário «formar as novas gerações para terem o cuidado na compra dos artigos» e na forma como «consomem moda».