Moda portuguesa de olhos no futuro

Entre os que estão a dar os primeiros passos e os que têm já um percurso consolidado, como Miguel Vieira, a moda de autor portuguesa está a evoluir e a chegar mais longe.

As últimas décadas têm sido de evolução para a moda portuguesa de autor, com o lado criativo e a imagem do design nacional a desenvolverem-se fortemente, acrescentando jovens talentos a nomes já consagrados. É a esta evolução que o Jornal Têxtil dedica a sua edição de abril, com um retrato aprofundado da moda portuguesa contemporânea, sob o olhar de quem a acompanha de perto, como os produtores Isabel Branco e Luís Pereira, e o responsável da plataforma Bloom, Paulo Cravo.

Designers nacionais como Alexandra Moura, Alves/Gonçalves ou Maria Carlos e Inês Manuel têm acompanhado as tendências do mundo, tanto a nível das propostas, nomeadamente no que diz respeito à sustentabilidade e neutralidade de género, como da comercialização, onde o canal online tem ganho preponderância, como mostra a marca 100% digital de Hugo Costa, mas sem esquecer o retalho físico, como exemplificam Estelita Mendonça e Susana Bettencourt.

A moda lusa tem ainda atraído designers de outros países, de Espanha ao Brasil, como David Catalán, Huarte ou Davii, e beneficiado de uma formação cada vez mais aprofundada, com escolas que procuram juntar a teoria, a prática e, sobretudo, o pensamento crítico, como provam as participações do Modatex, da ESAD e da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa na plataforma Bloom.

Mas a pandemia afetou, sem dúvida, a moda de autor, especialmente ao nível das vendas, como revela Katty Xiomara, mas também na forma como os designers trabalham, como constata um regressado Pedro Pedro.

Miguel Vieira, um dos nomes consagrados do panorama nacional, sentiu estas mudanças na pele e, em entrevista, fala dos próximos desafios para a sua carreira de mais de 30 anos, onde o canal online terá, necessariamente, um papel de destaque nas vendas, mas não nas apresentações, onde a passerelle continua a ter um fascínio e uma magia especial.

Fora das passerelles, conheça nesta edição de abril as novidades das empresas nacionais, desde a oferta sustentável da Impetus aos investimentos da Riopele, passando pelos reforços da Tintex, pela expansão da ERT e pelas apostas da Paula Borges. Acompanhe ainda as mudanças na marca de moda infantil Maria Bianca e as propostas da Snuggies, da Slow Fashion e da Moseo – marcas nacionais que se pautam pelpelo design e pela diferenciação.

Se não assistiu ao webinar, fique por dentro das vantagens e desafios da Tunísia enquanto potencial parceiro das empresas portuguesas, com o testemunho, entre outros, da Petratex, e das novidades que vêm de além-fronteiras, incluindo do mundo das fibras e das inovações, apoiadas pela Fundação H&M, que poderão mudar o futuro da indústria têxtil e vestuário.

Antes de fechar este Jornal Têxtil, não se esqueça de ver os números – tanto os do primeiro trimestre da Lectra, como os que mostram que há países a pagar menos que os salários de subsistência ou ainda os que mostram a evolução da economia portuguesa e das exportações da indústria têxtil e vestuário nacional –, nem as propostas da Lusitar e da Tajiservi na publirreportagem Ecoeficiência.

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