A pandemia afetou o consumo de moda dos europeus, que reduziram em 11,9% os gastos com artigos de moda desde 2019, segundo os dados da Eurostat divulgados pelo portal modaes.es. No entanto, no último ano, os europeus despenderam mais dinheiro neste segmento, que recuperou 6,9%.
Se, em 2019, o gasto anual dos europeus era de 751 euros, em 2021, o valor em compras desceu para 662 euros. As compras deste segmento de produto caíram, assim, abaixo dos 700 euros, um valor que tinha sido ultrapassado pela primeira vez em 2016.
A pandemia fez com que os europeus alterassem a sua visão sobre o consumo. Além da moda, diminuíram os gastos em outras categorias discricionárias, como o lazer ou a alimentação, com quedas de 9% e 32,6%, respetivamente, face a 2019. Por outro lado, despenderam mais dinheiro em outros sectores, como a saúde, que registou um aumento de 10,4% em relação a 2019, ou a educação, cujos gastos subiram 9,2% comparativamente ao ano anterior à pandemia.
A moda também encolheu nos gastos globais dos europeus. Em 2019, destinavam 3,6% do seu orçamento para comprar artigos de moda, enquanto em 2021 baixou para 3,2%. A moda perdeu, assim, peso para outros sectores, como a saúde, que passou de 12,8% dos gastos em 2019 para 13,8% em 2021. Por outro lado, a despesa com alimentação cresceu de 10,3% para 11,14%, enquanto a quota das despesas com energia elétrica, gás e água aumentou um ponto, para 20%. A educação também ganhou quota nos gastos dos consumidores europeus em 2021, subindo de 6,7% para 7,2%.
A par da moda, os gastos dos europeus com a cultura também baixaram, de 8% em 2019 para 7,1% em 2021, assim como no caso dos transportes, que desceram de 10,4% em 2019 para 8,9% em 2021.
Portugueses entre os menos esbanjadores
Os países europeus que despendem mais dinheiro anualmente em artigos de moda são o Luxemburgo, Noruega e a Dinamarca, ultrapassando os mil euros por pessoa. Na Bulgária, Macedônia do Norte e Bósnia Herzegovina, os gastos anuais de moda por pessoa são inferiores a 200 euros.