«O mercado alemão é interessante para nós», assume Ricardo Monteiro, diretor de exportação da MMRA – Maria Madalena da Rocha Azevedo & Filhos, acrescentando que, atualmente, «é mesmo o mercado maior em termos de esforço».
O país faz parte da lista de destinos das malhas que saem dos 40 teares da MMRA, que contemplam ainda a Holanda, Espanha e Áustria. «A nossa quota de exportação é muito reduzida, à volta dos 7%. Temos mais de 35 anos no mercado interno mas só há quatro anos é que fazemos feiras no mercado externo», relembra Ricardo Monteiro.
Qualidade e confiança são os atributos que o diretor de exportação acredita estarem a contribuir para atrair novos clientes, dentro e fora de Portugal. «O que queremos é que haja uma relação de continuidade. A partir do momento em que temos um preço competitivo e conseguimos garantir qualidade, temos metade do caminho para o sucesso percorrido», acredita.
Responder ao mercado
A isso soma-se a atenção aos desejos do mercado. Por isso mesmo, a mais recente coleção incluiu como novidades «fios orgânicos, fios reciclados e diferentes estruturas», indica o comercial Mário Jorge Faria.
«Temos as fibras que nos começam a ser pedidas pelo mercado. Os orgânicos não são de agora, é já de algum tempo. Depois temos as fibras recicladas, tanto poliésteres como algodões. O que até aqui fazíamos em fibras virgens, estamos agora a começar a fazer em recicladas, tanto para o mercado nacional como para o mercado de exportação», explica Ricardo Monteiro.
E mesmo sem um departamento de design formal, a empresa, que emprega cerca de 30 pessoas, procura «fazer internamente algo que vá ao encontro daquilo que os clientes precisam, dentro da paleta de cores e dos padrões» da moda, acrescenta.
Trunfos para manter a posição num mercado que «não está numa boa fase», quer a nível nacional, quer internacional. «Existem muitos players no mercado como nós, fabricantes de malha. Tentamos demarcar-nos um pouco deles, com a qualidade que conseguimos executar nos produtos que vendemos», afirma o diretor de exportação.
Por isso mesmo, as metas são traçadas a curto prazo. «O mercado é muito volátil», sublinha Ricardo Monteiro, que acredita que «temos todos os dias de pensar a curto prazo». O objetivo final é «garantir sempre a sustentabilidade da empresa, assim como as relações com os nossos parceiros, tanto fornecedores, como clientes, e com a equipa de trabalho interna», conclui.