A MycoWorks planeia iniciar as operações a 20 de setembro na unidade de mais de 12.600 metros quadrados, que emprega mais de 350 funcionários, com o objetivo de servir a procura por Reishi, o material alternativo à pele que desenvolveu.
A empresa descreve o Reishi como uma nova categoria de material natural premium com características como resistência, durabilidade e toque das peles animais com uma pegada ecológica menor. A empresa publicou resultados de testes para ilustrar como o material pode responder aos padrões do luxo em relação à performance do material sem utilizar plásticos, tendo superado o poliuretano e os filmes de PVC.
«Este é o momento pelo qual a indústria do luxo tem esperado. Uma alternativa ao couro sem plástico que oferece beleza e performance inegável – e a grande escala», sublinha Hermès Patrick Thomas, administrador e ex-CEO da MycoWorks.
Agora que o desafio da oferta foi ultrapassado, o administrador acredita que as marcas vão mover-se rapidamente para comercializar artigos feitos com Reishi.
A MycoWorks tem já parcerias com grandes marcas da moda de luxo, artigos para a casa e indústria automóvel, incluindo a Hermès, a Ligne Roset e a GM.
«Tem havido duas barreiras à investigação, de duas décadas, de uma alternativa à pele de luxo: um produto de qualidade e produção escalável. Em 2016 eliminámos a primeira com a apresentação do Reishi ao mundo e em setembro de 2023 vamos responder à questão da escala com esta unidade produtiva de vanguarda na Carolina do Sul [EUA]», afirma Matt Scullin, CEO da MycoWorks.
«A plataforma Fine Mycelium da MycoWorks é um avanço sem precedentes em materiais. Abrir as portas na primeira fábrica à escala comercial coloca a MycoWorks em posição para responder ao desejo da indústria do luxo de criar objetos com alternativas naturais ao couro», resume Kiersten Stead, diretora-geral da DCVC Bio e administradora da MycoWorks.