As propostas para a estação quente do próximo ano da marca portuguesa estão imbuídas da cultura mexicana, com o país a servir de fonte de inspiração para uma coleção que se mantém, contudo, fiel aos princípios e valores da Inimigo.
«Mantivemos a opção por matérias-primas sustentáveis, sem comprometer a identidade da marca, que passa por dar tridimensionalidade às nossas peças. Todos os nossos artigos têm detalhes que os tornam únicos. Nesta coleção, a nossa opção foi para bordados de grandes dimensões, com técnicas bastante particulares – acreditamos que encaixa na perfeição com o tema escolhido», revela Helder Brito, diretor criativo da Inimigo.
«Estamos confiantes que será mais um grande sucesso», assume Helder Brito, que justifica as expectativas com o facto de a feira de Las Vegas ser «sempre um evento importante para a nossa marca, pois é esta a ocasião em que estamos em contacto com um maior número de lojistas que nos representam».
Os EUA são, de resto, «o mercado mais forte para a nossa marca», seguidos do Reino Unido e do Canadá. A Inimigo, que é distribuída maioritariamente (70%) por retalhistas multimarca, tem ainda procurado novas latitudes. «A grande aposta será, sem dúvida, no mercado asiático e no Médio Oriente. Acreditamos que são mercados com um potencial enorme», sublinha o diretor criativo.
Digital em alta
As novas tecnologias, nomeadamente ao nível da digitalização, têm sido igualmente uma mais-valia. «O online tem sido uma aposta, que irá ainda ser mais reforçada», assume Helder Brito.
Uma evolução que estará igualmente patente nas feiras – esteve recentemente na Project NY –, incluindo na participação em Las Vegas. «A própria forma como organizamos o nosso stand sofreu alterações. Neste evento iremos iniciar as vendas através de um quiosque digital, sendo que os compradores poderão iniciar e finalizar uma encomenda de forma praticamente autónoma», anuncia Helder Brito ao Portugal Têxtil.
Depois de um ano de 2022 «bastante positivo», com um volume de negócios que cresceu a «dois dígitos em relação a 2021», este ano tem sido de altos e baixos para a Inimigo, acompanhando o ambiente internacional que se tem vivido. Mas 2023 deverá encerrar num clima mais otimista. «O ano iniciou de uma forma bastante positiva, contudo, no final do primeiro trimestre registamos um decréscimo acentuado. Sentimos que o mercado está expectante, sendo que estamos confiantes que, no segundo semestre, poderemos recuperar», conclui.
