Metro prevê baixa nas suas vendas

O gigante alemão da distribuição, Metro, que tem apresentado regularmente resultados altos nos últimos anos, começou a ser atingido lentamente pela má conjuntura. O grupo espera daqui para a frente uma progressão das suas vendas consolidadas de 6% (em vez de 7%), para 49,7 mil milhões de euros (10 mil milhões de contos). Em Dusseldorf onde está sediada a empresa, há indícios de que o reajustamento não está unicamente ligado ao recuo do consumo mas também, e sobretudo, à crise monetária na Turquia. Neste país, a Metro é o número dois da distribuição, com as suas lojas de “cash and carry”, os seus supermercados Real e as suas lojas de bricolagem Praktiker. «Nós contamos sempre com um progresso do resultado por acção de mais de 10%. Este objectivo é realizável, apesar da difícil situação do mercado alemão e estrangeiro e também apesar das consequências do 11 de Setembro», assegurou Hans-Joachim Korber, presidente da Metro, aquando da apresentação das contas do terceiro trimestre. Durante os primeiros nove meses de 2001, as vendas do grupo alemão aumentaram 4,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 34,6 mil milhões de euros (seis mil milhões de contos). No terceiro trimestre, estas progrediram 2,9%, atingindo 11,5 mil milhões de euros (dois mil milhões de contos). No segundo trimestre, o crescimento atingiu mais de 6,4%. As aberturas das lojas suportaram o crescimento do grupo: de Janeiro a Setembro, a Metro inaugurou 92 pontos de venda, e são cerca de 2 200 as que possuem o seu nome. Dezassete lojas de “cash and carry” foram abertas. A Metro possui ao todo 370 lojas em 20 países, 80 das quais na Alemanha. O seu volume de negócios total subiu 7,5%. Duas lojas deste tipo vão por outro lado, abrir as suas portas pela primeira vez na Rússia. O crescimento dos supermercados abrandou, e as suas vendas progrediram apenas 1,8%. O volume de negócios das grandes lojas progrediram apenas ligeiramente, atingindo os 2,71 mil milhões de euros (601 milhões de contos), apenas mais 1%. Na Alemanha, as vendas chegaram mesmo a diminuir 3%. Quanto à marca de bricolagem Praktiker, o seu volume de negócios desceu 2%. A Metro realizou 43,9% das suas vendas totais ao estrangeiro. O resultado antes dos juros e impostos do grupo elevou-se a 368 milhões de euros (73 milhões de contos), mais 19,2%.