Este estudo, publicado no site Just-style.com, começa por afirmar que há boas e más notícias para o mercado britânico dos artigos de casamento.
Assim, o declínio do casamento neste país continua a afectar o referido sector, embora o número de primeiros casamentos, um indicador crucial dado que as noivas estreantes são as que mais gastam em vestuário de casamento, se mantenha razoavelmente constante.De acordo com um estudo recente levado a cabo pela Mintel, o mercado do vestuário para casamento no Reino Unido enfrenta um momento difícil, devido especialmente às mudanças que os estilos de vida atravessam desde há várias décadas.Segundo este estudo, na última década, a idade média das noivas no Reino Unido subiu cerca de três anos, situando-se actualmente nos 28,6 anos. Este facto significa que a maior parte das mulheres que se casam são financeiramente mais independentes, porque tiveram mais tempo para consolidar as suas carreiras e alcançarem funções melhor remuneradas.A par desta tendência, regista-se igualmente naquele país um aumento do número total de mulheres que trabalham, nos últimos cinco anos.Deste panorama resultam óbvios benefícios para a indústria de vestuário para casamento, uma vez que estas mulheres assumem cada vez mais o controle do seu próprio orçamento para a referida cerimónia, gastando a quantia que acham necessária, em vez de estarem limitadas pelos montantes dados pelos respectivos pais.Além disso, as tendências demográficas no Reino Unido também não contribuem para a melhoria deste segmento de vestuário.Com a idade média das noivas nos 28,6 anos, a faixa etária dos 25-34 anos revela-se especialmente influente na procura deste tipo de artigos de vestuário.Os últimos dados oficiais mostram que esta faixa da população diminuíu 10% entre 1998 e 2003, e deverá perder mais 4,9% entre 2003 e 2007.Tal tendência vai certamente reflectir-se nos casamentos, que deverão continuar a diminuir em número, em particular os primeiros casamentos, que são um factor-chave para o mercado do vestuário nupcial.A Mintel estima igualmente que o mercado do vestuário para noivas tenha caído cerca de 1% em valor e 5% em volume entre 1998 e 2002.Este mercado pode ser segmentado em dois grandes grupos: os vestidos de noiva tradicionais, e a restante roupa de casamento, que inclui outros vestidos vendidos como parte do enxoval da noiva.O mesmo estudo analisou igualmente os tipos de vestidos que as mulheres preferem para usar no seu casamento, concluindo que se assiste, no Reino Unido, a um significativo declínio nas noivas que optam pelo tradicional vestido, e cujo número baixou 9% entre 2001 e 2003.Ao mesmo tempo, cresceu o número de noivas que preferiu casar-se com um vulgar vestido de dia ou de noite.No Reino Unido, o montante gasto em publicidade a vestidos de noiva aumentou uns espectaculares 158%, entre 1998 e 2002.Este facto reflecte o cariz cada vez mais competitivo deste mercado, cujos fabricantes e retalhistas precisam de falar mais alto que as marcas e lojas concorrentes, de forma a destacar-se face aos consumidores.Em termos de distribuição, a grande maioria das lojas de vestidos para noiva são detidas por operadores independentes, destacando-se apenas dois retalhistas de peso: a Amero Ltd., que possui a licença da marcaPronuptia, e a Bellbourne House, que gere as lojasBerkertex Bride,Castigliano Collection eCaroline Castigliano, a par de outras concessões no sistemashop-in-shop.Aliás, a própria indústria dos vestidos de casamento, com as suas mais de 1.000 lojas e cerca de 72 empresas no Reino Undo, é extremamente fragmentada, sendo na sua maior parte detida por pequenos proprietários, que não revelam publicamente os seus resultados anuais.Finalmente, o estudo da Mintel analisou igualmente onde é que as mulheres britânicas compram os seus vestidos de casamento, deduzindo que a escolha mais popular são as lojas especializadas neste tipo de artigo, tendo no entanto a respectiva percentagem descido 3%, entre 2001 e 2003.Em síntese, as perspectivas para o mercado de vestidos de noiva no Reino Unido continuarão a ser fortemente influenciadas pelo número de mulheres que se casam, bem como pela proporção daquelas que são noivas pela primeira vez e pelo tipo de cerimónia que preferem para assinalar a referida ocasião.