Meia Pata quer caminhar até aos EUA

Criada há três anos, a marca de moda infantil está presente em mais de 150 lojas e regista já um volume de negócios de cerca de 1 milhão de euros. Aumentar a presença nos mercados internacionais é o objetivo, numa altura em que a exportação tem um peso de 40%.

A família de Carla Areal, CEO da Meia Pata, está ligada ao sector têxtil há 65 anos e é precisamente no negócio familiar que a marca produz meias, collants, laços e sapatos para crianças. A vontade de criar a marca surgiu depois de Carla Areal encontrar uma lacuna no mercado nacional. «Em Portugal não existia nenhuma marca de meias que se distinguisse pelos seus acessórios e pela qualidade. O mercado era praticamente dominado por Espanha, no que tocava a meias, daí ter criado esta marca», revela ao Portugal Têxtil.

Para Carla Areal, a Meia Pata distingue-se «pela qualidade e pelos acessórios». «As meias são todas anti-pilling e os acessórios marcam a diferença. Não é apenas a meia em si, mas todos os acessórios que as distinguem. Temos também um cartaz de cores já muito grande», destaca a empresária. Recentemente, começou a apostar no calçado também para criança – no qual o «forte» é o calçado para bebé de colo – e numa linha de banho.

A Meia Pata «tem a matéria-prima, confeciona e coloca os próprios acessórios, mas a confeção da própria meia não», adianta a CEO.

O crescimento começou por uma grande aposta nas redes sociais e depois passou pelas feiras internacionais, como a Pitti Bimbo, em Itália. «Estas feiras ajudam a publicitar a marca e os nossos clientes são o melhor canal de publicidade que existe. Os clientes finais, que são aqueles que compram as meias e que experimentam as meias, vêm aumentando cada vez mais as nossas vendas porque de facto confiam no nosso artigo», assegura.

Exportar rumo aos EUA

A Meia Pata trabalha para revenda, numa altura em que a exportação representa cerca de 40% do volume de negócios. «A nível nacional vendemos para cerca de 150 lojas. Neste último ano, apostamos na exportação, participamos em algumas feiras internacionais e, atualmente, também estamos na Bélgica, na Holanda, no Reino Unido, em Itália e, com menos expressão, em Angola e Moçambique», adianta Carla Areal. «Não é só nas feiras que a marca é vendida, mas sim continuamente, ao longo de todo o ano, com agentes», ressalva.

 

 

 

 

A CEO da Meia Pata acredita que, neste momento, a marca esteja talvez em mais do que 150 pontos de venda. «Somos capazes de estar perto das 200. Mas o volume de negócios é diferente, ou seja, lá fora não compram tanto. Em Portugal, as pessoas compram-nos em muito mais quantidade. Como estamos a entrar nesses mercados, ainda não temos o volume que temos em Portugal a nível de valores. Mas lá chegaremos», ambicionou.

Toda a produção é realizada em território nacional, mais precisamente na empresa familiar, sediada na Trofa. «Acho que Portugal está no bom caminho. Cada vez mais as pessoas querem marca portuguesa. Lá fora sentimos isso, que os clientes gostam muito do que é português, principalmente pela qualidade. Isso distingue-nos e é uma boa bandeira para nós», afirma Carla Areal.

O foco vai passar agora pela exportação, sem descurar o mercado nacional. «Queremos crescer cada vez mais. Temos participado cada vez mais em feiras a nível europeu e queremos continuar a fazê-lo, mas agora o nosso objetivo, para 2019, é participar numa feira nos EUA, para crescer noutro tipo de mercado», admite a CEO da Meia Pata.