Bebendo inspiração nas férias em Formentera, Mikonos e Saint Tropez, «no seu lado cool e descontraído», a Mary G World nasceu na primavera-verão 2015 e, desde então, tem oferecido vestidos femininos e soltos, capazes de transitar entre diferentes situações «com os acessórios certos».
«Muitas vezes sentia falta de artigos que tivessem mais a ver com o meu estilo descontraído, que se pudessem vestir em qualquer ocasião. Não conseguia encontrar esta proposta noutras marcas que conhecesse e resolvi arriscar e criar algo não só para responder à minha necessidade, mas também porque acreditei que haveria mais pessoas como eu», recorda a fundadora da Mary G World, em declarações ao Portugal Têxtil.
A aposta naquilo que Mariana Graça apresenta como um “holiday state of mind”, «uma atitude cool das férias, mesmo estando em pleno inverno ou a trabalhar», tem vindo a granjear clientes para lá das fronteiras nacionais, com Espanha a revelar-se o segundo melhor mercado para a marca. «Estamos também a entrar no mercado italiano, francês e alemão, mas com tamanha aceitação a aposta é promissora», acredita a fundadora da Mary G World.
A par da venda online nas redes sociais, tal como acontece com muitas outras jovens marcas nacionais, a Mary G World tem apostado nos “mercadinhos” e feiras de moda para dar a conhecer as suas propostas, sendo que, para um futuro próximo, as apostas vão ser feitas na criação de um portal de venda online «para conseguir uma maior rapidez de resposta às clientes» e num maior foco nos mercados internacionais «através de algumas parcerias».
Mariana Graça pretende ainda estar presente em «algumas lojas multimarca em capitais europeias. Ou mesmo pequenas lojas em destinos de férias como Ibiza, Mikonos, Saint Tropez» porque, considera «tem tudo a ver com a marca».
Para já, a divulgação da Mary G World tem o contributo de algumas influencers, como a modelo Joana Freitas, «que é considerada uma “It girl” e tem muitos seguidores no Instagram (a maioria das suas seguidoras são de outras nacionalidades), plataforma na qual iniciei as minhas vendas», em território nacional, ou das bloggers espanholas Silvia Garcia (do blogue “Bartabacmode”) e Maria Tilve (do blogue “Stella Wants to Die”).
Os preços dos vestidos da Mary G World variam entre os 70 e os 130 euros. «Depende sempre do modelo e material, que varia entre poliéster, linho e algodão bordado», refere a fundadora, que sublinha que os materiais que seleciona para as peças chegam de Itália, India ou China «mas as peças são inteiramente produzidas no norte de Portugal».
«O meu produto é orientado para uma jovem mulher que se quer diferenciar das restantes, usando uma peça diferente, mas com um estilo marcado. A imagem de marca que tentamos transmitir é também orientada para um nicho de mercado e não para o mass market, para tal produzimos poucas peças de cada estampado/bordado», continua Mariana Graça.
Como uma espécie de evolução natural da produção limitada de cada modelo, a Mary G World – que a cada estação disponibiliza catálogos dos produtos online e tem os vestidos bordados como bestsellers – apostou recentemente customização das peças.
«Esta primavera foi lançada a possibilidade de criação do vestido ideal de acordo com a preferência da cliente», explica Mariana Graça. A proposta do “vestido ideal” passa por escolher um dos modelos de vestido – camiseiro, curto ou maxi – e, depois, escolher entre as oito opções disponíveis de estampados ou a alternativa bordada. «O feedback desta opção tem sido incrível!», revela ao Portugal Têxtil.