Marks & Spencer volta a crescer

A cadeia britânica de grandes armazéns Marks & Spencer (M&S) voltou a registar um crescimento nas suas vendas após dois anos de quedas na grande maioria dos mercados onde está presente. A ligeira subida das suas vendas está intimamente ligada às vendas sólidas registadas durante a época natalícia. Para Stuart Rose, presidente da M&S, a empresa teve «um bom Natal que continuou as melhorias que se tinham vindo a sentir desde o início de 2009». Apesar destas boas notícias, a empresa encara com cautela o presente ano. Esta cautela prende-se essencialmente com a maturidade do mercado britânico e com a contenção de consumo por parte dos “súbditos de Sua Majestade”. Para Stuart Rose, o retalho britânico não crescerá em 2010, mantendo-se a incerteza sobre a situação económica, nomeadamente qual será a reacção do novo governo face ao imperativo de controlar o défice público, incerteza essa que continuará a afectar a confiança dos consumidores. «Esperamos que as condições do mercado para 2010 continuem difíceis como resultado da incerteza económica que impera», afirmou o “patrão” da M&S. Apesar disso, a ligeira melhoria (0,8%) das vendas do retalhista não serviu para recuperar a confiança dos mercados nas suas acções. Após estas notícias, o valor das acções caiu cerca de 7%, situando o valor da empresa muito perto do limiar dos 10 mil milhões de dólares (cerca de 7,1 mil milhões de euros). A M&S tem em marcha, desde Janeiro de 2009, um plano de reestruturação que inclui o despedimento de mais de mil colaboradores e o encerramento de 30 pontos de venda para fazer face às perdas que tem vindo a registar nas suas vendas. Ainda durante o Verão do ano passado, a empresa britânica comunicou ao mercado que tinha conseguido manter os seus lucros líquidos no primeiro semestre do ano em torno dos 246 milhões de euros, um valor muito semelhante àquele registado nos primeiros seis meses de 2008. As vendas comparáveis da divisão de artigos de moda da M&S apresentaram uma performance superior à média das restantes categorias, com um crescimento de 1,2%. A ajudar a este crescimento das vendas esteve a vaga de frio que assolou o Reino Unido e que levou a crescimento das vendas de alguns artigos mais quentes na casa dos 30%. O vestuário de criança foi a categoria com melhor performance, anunciou Stuart Rose.