Apesar da preocupante queda no valor da produção, níveis de emprego e volume de exportações da Indústria Têxtil e de Vestuário (ITV) italiana desde 2001, diversos analistas e empresários consideram positiva a actual conjuntura da produção italiana de têxteis e de vestuário.
De acordo com a opinião da associação sectorial italiana Altagamma, composta por 58 produtores italianos de produtos de luxo, o mercado italiano está tornar-se cada vez mais polarizado com os produtores de vestuário de gama média a perderem quota de mercado para o segmento de produção em massa, originando algum espaço de expansão para os artigos de vestuário de gama alta. A associação sectorial tem por objectivo reforçar os principais pontos fortes das marcas de luxo italianas, fundamentalmente no segmento de vestuário de malha. De acordo com o referido pela Woolmark, a Altagamma «quer relembrar o mercado mundial do valor e da beleza dos produtos artesanais italianos face a um mundo dominado pela produção em massa». Associado a esta promoção, a associação sugere que os produtores italianos devem focalizar as suas estratégias de marketing em mercados como a China, Europa de Leste, Rússia e Médio Oriente, onde a imagem do Made in Italy é muito conceituada pelo consumidor. No acesso a novos mercados, enquanto alguns produtores italianos procuram posicionar-se em segmentos mais elevados, outros como a Zegna estão a optar por medidas mais ousadas, fundamentalmente no mercado chinês, com uma nova marca de produtos mais acessíveis com destino ao mercado asiático.