Mãos à obra” em França

A fileira têxtil francesa apresentou, na última terça-feira, um conjunto de propostas para dinamizar o sector, em particular a gestão de competências, um programa que vai discutir com o governo com vista a elaborar um “plano de acção” para pôr em marcha no início de Julho. Esta “proposta de plano de acção estratégico” articula-se à volta de três eixos – a inovação, a gestão de competências e a promoção das profissões junto dos jovens – e o desenvolvimento de redes de trocas de experiência, de acordo com um comunicado conjunto da União das Indústrias Têxteis (UIT), da Rede Industrial de Inovação do Têxtil e do VestuÁrio (R2ITH) e da União Francesa das Indústrias de VestuÁrio (UFIH). Estas “ideias”, que se inspiram num relatório enviado ao governo no final de 2007 e tornado público em Fevereiro, foram desvendadas num colóquio sobre o futuro da fileira têxtil e de vestuÁrio organizado pelo Ministério da Economia do HexÁgono. De acordo com as organizações profissionais, o Ministério deve criar a 5 de Junho um comité estratégico que reúna os actores da fileira», para estabelecer, num prazo de um mês, um plano de acção». Marc Mortureux, chefe de gabinete do secretÁrio de Estado da Indústria Luc Chatel, sublinhou no colóquio que o Executivo assegurarÁ um acompanhamento» da fileira através de esforços massivos em matéria de formação ao longo de toda a vida». Luc Chatel deseja reforçar um novo modo de parceria entre o Estado e os industriais, que se baseie nas experiências reais das empresas», sublinhou perante a plateia. A hora jÁ não é de grandes planos nacionais, muitas vezes teóricos e longe da realidade das empresas», mas de uma forma de governação nova, baseada na responsabilidade dos actores e no diÁlogo público/privado», acrescentou. Para apoiar o emprego, os industriais solicitam o reforço das campanhas de promoção das profissões junto dos jovens, a renovação de um acordo nacional de desenvolvimento da formação para o período 2009-2011 e o desenvolvimento nas PME’s de contratos de profissionalização centrados na investigação e na inovação. Os industriais querem também fazer do Forthac, que gere as contribuições das empresas para a formação profissional contínua, um cluster de competências, compreendendo a formação estratégica dos gestores das PME’s». Em matéria de inovação, querem a introdução de um crédito de imposto Criação» ou ainda o reforço da luta contra a contrafacção. Para desenvolver uma cultura de rede», propõem criar um observatório das tendências» de consumo, um Fórum da prospectiva» e planos de acção sectorial para a exportação (Pase)», em parceria com a Ubifrance. Actualmente, indústria têxtil francesa conta com 150.000 assalariados, menos dois terços que hÁ 20 anos atrÁs, para 8.000 empresas, de acordo com o relatório Perotti-Reille enviado no final de 2007 ao Governo gaulês.