Manolo Blahnik já pode usar o seu nome na China. O designer espanhol venceu a batalha judicial sobre um registo da sua marca no país asiático e que o impedia de vender os seus sapatos naquele mercado.
O conflito remonta a janeiro de 1999, quando um particular apresentou um pedido de registo da marca Manolo & Blahnik na China, que lhe foi aprovado pelas autoridades um ano mais tarde. A obtenção do registo de marcas em território chinês baseia-se no sistema que o primeiro a registar a marca obtém os direitos comerciais sobre ela.
Depois de recorrer da decisão, em 2001, 2008 e 2009, cujos pedidos foram novamente rejeitados, Manolo Blahnik pediu a suspensão da marca alegando que não estava a ser usada no comércio. O pedido foi novamente recusado pelo CTMO assim como em 2014, após mais uma tentativa sem sucesso, tendo o caso sido arquivado.
Finalmente em abril de 2020, Manolo Blahnik entrou com uma ação no Supremo Tribunal Popular da China e, em dezembro desse ano, foi-lhe concedido autorização para reativar o caso. Em janeiro de 2022 foi realizada uma nova audiência, tendo sido agora comunicada a decisão final que invalida os direitos do nome Manolo Blahnik ao particular chinês.
«Esta é uma vitória significativa para o meu tio, para a nossa família e para a nossa equipa», afirma Kristina Blahnik, citada pelo portal Modaes.com. A diretora-executiva e sobrinha do designer revela que os planos da marca para o mercado chinês ainda estão na fase inicial, mas espera começar a vender diretamente para a China no segundo semestre de 2023. «Não entraremos com velocidade de foguete na China, mas caminharemos lentamente», garante.