Mandelson endurece posição em relação à China

Durante uma conferência de imprensa em Hong Kong, Peter Mandelson defendeu que «A investigação (para a aplicação das medidas de salvaguarda) deverá estar completa em Junho, mas se entretanto a situação se agravar, nós não hesitaremos em tomar medidas específicas». Esta foi a primeira posição de força que o político europeu adoptou na negociação do caso dos têxteis e vestuário.

A Comissão Europeia espera ainda que a China adopte medidas de auto-controlo das suas exportações de forma a evitar a retaliação da Europa. O Comissário Europeu lembrou ainda que a China já tem em prática um mecanismo para refrear o volume de exportações têxteis para a Europa, «mas queremos que a sua aplicação seja aprofundada».

Recentemente as autoridades chinesas aumentaram o imposto sobre as exportações por forma a acalmar o fluxo de expedições para a Europa. Bo Xilai, ministro do Comércio chinês, afirmou que a subida dos impostos sobre as exportações deverá ser suficiente para apaziguar os receios das duas maiores potências ocidentais (EUA e União Europeia) uma vez que as margens do negócio são muito pequenas.

Em relação à possível limitação do volume de importações chinesas, os dois candidatos à liderança da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy e Carlos Perez, alertaram os EUA e a UE para a “hipocrisia” da aplicação de medidas de salvaguarda, de acordo com o divulgado pelo just-style.com citando o Financial Times.

De acordo com a opinião dos dois candidatos, os protestos europeus e norte-americanos contra a subida do volume de exportações chinesas após a eliminação das quotas são infundados, na medida em que os dois blocos tiveram dez anos para se prepararem para os efeitos da liberalização das quotas alfandegárias.