Malhas CEF em expansão

A empresa especialista em seamless do Grupo Impetus, a Malhas CEF, está a ampliar o seu parque de máquinas, um dos passos do roteiro de crescimento do gigante têxtil até 2020.

No final do ano, a Malhas CEF deverá ter um parque de máquinas superior a 100 teares, em comparação com os poucos mais de 50 que tinha. «Este projeto está integrado na visão que a administração da Impetus tem para o grupo para 2020, que passa pelo crescimento do seamless e pela vontade e pretensão de aumentar significativamente esta área de negócio», explicou o diretor comercial da Malhas CEF, António Rossas, ao Jornal Têxtil (edição fevereiro 2016). «Estamos a investir em máquinas com alta capacidade de produção, que, sendo semelhantes às anteriores, têm uma capacidade acrescida – uma destas máquinas novas produz 150% do que faz uma atual», acrescentou.

No entanto, a aposta passa essencialmente pela diferenciação e pela qualidade. «Investimos sempre em máquinas que nos permitam fazer produtos tecnicamente avançados e de valor acrescentado. Não estamos no seamless de quantidades, estamos no seamless técnico – para clientes que têm padrões de qualidade muito elevados», sublinhou o diretor comercial das Malhas CEF.

Para consolidar este posicionamento, a empresa tem reforçado a sua equipa de desenvolvimento de produto, que conta já com sete pessoas dedicadas, e tem diversificado o seu portefólio de produtos, onde se incluem artigos com refletores, com membranas corta-vento, artigos de fitness produzidos com fios estampados ou artigos para ioga com fibras Lenpur (uma fibra celulósica feita a partir de árvores selecionadas). «Temos desde produtos para ioga até produtos mais técnicos, que vão desde o “loose fit” até à alta compressão», explica. «O nosso leque de produtos não se foca só num tipo de desporto ou atividade, mas em várias», afirmou António Rossas.

Uma variedade que ajuda também a conquistar clientes e mercados distintos. Atualmente, além dos mercados de proximidade europeus, os EUA são um dos principais destinos, e uma das suas grandes apostas, dos artigos feitos da Malhas CEF, mas a empresa tem sido igualmente bem sucedida do outro lado do mundo. «Estamos já na Austrália, que é um mercado muito interessante, muito sui generis e que também, por incrível que pareça, tem o “made in Europe” e o “made in Portugal” como uma referência», revelou o diretor comercial.

Aproveitando a maré de regresso de clientes a Portugal, que a empresa tem sentido no dia a dia, os objetivos passam por alargar a presença da Malhas CEF a novas latitudes, depois do ano de «crescimento significativo» em 2015. «Estamos a estudar alguns países que parecem ser interessantes, mas isto de seamless tem muito de específico: o que num país funciona muito bem, no outro pode não funcionar. Temos de apalpar o terreno de forma muito cuidadosa», concluiu António Rossas.