A Zara Home continua a crescer a um bom ritmo. 2007 foi um bom ano. Desenvolvemo-nos mais do que o previsto e hoje somos mais conhecidos na Europa. Mas teve também as suas dificuldades, pois foi preciso trabalhar muito para instalar novas lojas e para nos lançarmos nas vendas on-line», explica Eva Cardenas, directora da Zara Home. Embora ainda muito jovem, a marca espanhola de decoração dispunha jÁ, no final de 2007, de 204 lojas em 20 países, contra 152 lojas em 15 países no final de 2006. Pudemos levar a cabo os nossos três grandes projectos», regozija-se Eva Cardenas. A Zara Home queria lançar as vendas on-line, o que foi conseguido no final de Outubro, abrir uma loja gigante de 1.000 m², que foi inaugurada em Outubro em Madrid, e implantar-se na Rússia». Para jÁ, as vendas on-line, disponíveis em 14 países (ver Zara vende na Internet), respondem às necessidades da Zara Home. Não tivemos problemas técnicos nem comerciais, e a relação com os clientes é boa», constata. A loja piloto madrilena de grande formato também funciona muito bem», assegura. Crescemos rapidamente. No início da Zara Home, as nossas lojas não passavam os 200 m², enquanto que agora todas as localizações andam à volta dos 500 m²», exemplifica. A questão de agora em diante é saber onde e a que preço poderemos abrir grandes formatos de 1.000 m²». Terceiro desafio: o mercado russo, onde abriu uma loja num centro comercial em Moscovo. Este mercado é prometedor, é um investimento seguro», considera Eva Cardenas. Contudo, prefere avançar passo a passo» e limitar-se para jÁ a menos de 10 aberturas por ano» neste país. Em 2007, a marca de decoração do grupo Inditex instalou-se em cinco novos países: para além da Rússia, a Zara Home implantou-se em Oman, Qatar, Jordânia e Líbano. Mas o seu mercado prioritÁrio para a expansão futura continua a ser a Europa. Os EUA ou a Ásia não são apostas para os próximos três anos. Na Europa, a Espanha e Portugal são mercados jÁ consolidados. No seio da Europa, a França e a ItÁlia mantêm-se como mercados prioritÁrios para a jovem marca: abriu sete lojas no HexÁgono em 2007, juntando-se a três jÁ inauguradas em 2006, um número acima dos nossos objectivos iniciais», assegura Eva Cardenas. A França é um mercado em que somos cautelosos, devido à concorrência e às expectativas dos clientes, mas surpreendeu-nos positivamente, nomeadamente em Lyon ou em Aix-en-Provence: as reacções da clientela confirmam-nos que realmente oferecemos qualquer coisa de novo», afirma Eva Cardenas. As lojas de Rouen e Annecy abriram no final de 2007, enquanto que a da rua de Passy, em Paris, deverÁ abrir ainda durante este primeiro semestre. Dentro de três anos, a Zara Home quer ter 45 a 50 lojas em França, com um ritmo de 8 a 10 aberturas anuais. Em ItÁlia, a explosão de centros comerciais tem facilitado a expansão da Zara Home, que possui jÁ no território 19 lojas. Em contrapartida, a marca ainda não estÁ presente na Alemanha. é um mercado interessante mas complexo, onde a situação económica não é muito boa e a concorrência é forte», realça a directora da Zara Home. Na Grã-Bretanha, onde a marca tem seis lojas, a Zara Home prefere concentrar-se para jÁ em Londres e na periferia da capital. Resta o mercado mexicano, em muito boa forma, com 12 lojas. O conceito da marca pouco evoluiu em 2007: os têxteis-lar (com algum homewear) concentraram grande parte da oferta, embora sejam agora um pouco menos dominantes (65% das vendas contra 70% hÁ quatro anos). Mas a oferta de artigos de mesa, como por exemplo copos, progrediu bem devido à própria procura», precisa Eva Cardenas. Pedem-nos produtos cada vez mais na moda, algo que inicialmente pensÁmos que não queriam». A oferta de acessórios de decoração (objectos diversos) foi também alargada, nomeadamente na Área da iluminação. E a colecção para crianças, apresentada num conceito completo (Zara Home Kids) evoluiu igualmente, com o aumento da superfície ocupada nas lojas. Por fim, a marca introduziu no Outono passado na sua loja principal de Madrid uma nova linha de produtos, a linha de escritório. A Zara Home não quis, contudo, desenvolver a linha de mobiliÁrio, porque isso implicaria mudar de conceito. Somos ainda demasiado jovens para isso. Para jÁ temos de consolidar o conceito actual e desenvolver a nossa implantação em diversos países», conclui a directora da Zara Home.