Made in Italy, “Swiss made”… e “French product”

A nossa proposta tem como objectivo primeiro a manutenção e o desenvolvimento da produção e do emprego de numerosos profissionais, altamente qualificados, portadores de uma parte do nosso património e da nossa arte de viver», sublinha o Conselho Económico e Social (CES) na sua proposta. Entre as medidas sugeridas, figura a criação de uma “etiqueta” francesa, à semelhança do "made in Italy" ou do "Swiss made". A indicação da proveniência com o “French product” (…) permitirÁ identificar facilmente a origem de produção, garantindo ao mesmo tempo o nível de qualidade (técnica, estética)», sustenta o Conselho, que convida as partes interessadas a realizar um estudo sobre a exequibilidade desta etiqueta». O objectivo é permitir às marcas francesas de prestígio de prosseguirem o seu desenvolvimento ao nível internacional», acrescenta, numa altura em que se assiste a um forte aumento do consumo de artigos de luxo na China, na índia e na Rússia. O CES invoca também o apoio à exportação», através por exemplo de um trabalho comum entre as missões económicas e a Ubifrance, a agênciade ajuda ao desenvolvimento internacional das empresas francesas. De acordo com o Conselho, as estruturas de promoção à exportação parecem estar pouco sensibilizadas sobre o interesse de ajudar a fileira de luxo». De igual forma, o Conselho apela à continuidade da luta anti-contrafacção, em especial contra a que é vendida em leilão na Internet. A nossa assembleia é favorÁvel à criação de uma rede europeia de vigilância da contrafacção, que poderÁ ser proposta durante a presidência francesa da União Europeia no segundo semestre de 2008», indica. Relativamente ao emprego e à formação, o CES quer incitar o sector a abrir vias à mobilidade dos assalariados entre as empresas» para oferecer maior segurança às carreiras profissionais» e propõe ainda a criação de um centro nacional dos ofícios do luxo, congregando em rede os pólos de excelência dos ofícios da Arte, as estruturas e os estabelecimentos de formação iniciais e contínuos». Por último, para ajudar ao desenvolvimento do turismo de luxo em França, o CES desafia os poderes públicos a alterar a classificação dos hotéis», porque enquanto que os hotéis estrangeiros apresentam seis ou mesmo sete estrelas, os seus homólogos franceses são classificados apenas como quatro estrelas (…) para qualidade idêntica dos serviços».