Depois de uma baixa entre 5 a 10% a 13 de Setembro passado, em relação às previsões de progressão dos resultados operacionais para 2001, o grupo LVMH revela com mais prudência o seu volume de negócios relativos aos nove primeiros meses do ano, que inclui as vendas do mês de Setembro. Com um aumento de 10%, para 8.661 mil milhões de euros (1 mil milhão de contos) em relação aos nove primeiros meses do ano, as vendas do grupo de luxo acusaram claramente o golpe do fim do período: eles recuaram 8% em Setembro em relação ao ano anterior. «A flexão das vendas das actividades afectadas directamente pelos atentados não ficaram mais do que parcialmente compensadas pelas boas exibições da Sephora, do conhaque e do mercado japonês», comentou o grupo. Em Setembro as vendas desceram 5% e o crescimento do terceiro trimestre estabeleceu-se em 11%, contra os 46% no decorrer do mesmo período no ano anterior. E Louis Vuitton, grande fornecedor do grupo, não foi poupado, enquanto que a marca de marroquinaria acaba de proceder a um aumento das suas capacidades de produção, que alimentaram um forte crescimento das vendas em Julho e Agosto. «A actividade foi subitamente afectada no dia a seguir aos atentados». «Mais tarde no entanto, as vendas da Louis Vuitton melhoraram progressivamente, atingindo por exemplo em Nova Iorque o mesmo nível do ano anterior, pretendendo ainda um crescimento de dois algarismos no Japão», assegura o grupo. «As outras marcas do pólo registaram todas uma progressão de dois algarismos no terceiro trimestre.» «As perspectivas a curto prazo são ainda incertas», comenta o grupo que não esconde os seus receios de novas consequências desfavoráveis da situação geopolítica, nem as suas interrogações sobre a procura de melhoramentos graduais das vendas. Estas reergueram-se no final de Setembro, «houve um forte abrandamento no dia a seguir ao 11 de Setembro tanto nas lojas, como no comércio em geral nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, enquanto que o mercado japonês permanece portador». «Será arriscado nestas condições, avançar hoje em dia as previsões dos resultados do fim do ano. Isto é, nós pomos tudo em actividade para alcançar em 2001 pelo menos o mesmo nível de rentabilidade operacional que o ano anterior», conclui o grupo. Em 2000, a margem operacional do grupo estabilizou nos 16%.