O grupo francês Pinault-Printemps-Redoute (PPR) comprou uma participação de 20,6 % do capital da Gucci ao grupo Louis Vuitton Moet Hennessy (LVMH), uma aquisição que permitirá à Printemps aumentar a sua participação na casa de luxo italiana de 42 % para 53,2 %. A Gucci é actualmente um dos maiores grupos a actuar no mercado de luxo, que conta com marcas e criadores tais como Yves Saint Laurent, Alexander McQueen e Balenciaga, seguindo uma política estratégica de multimarcas que, para Serge Weinberg, presidente da PPR, será beneficiada por este acordo. Segundo anunciaram as empresas, o acordo divide-se em três fases e só estará concluído em 2004. Este acordo põe fim a uma guerra político-financeira entre os dois grupos franceses, que já durava há dois anos. Numa primeira fase, a PPR (detentora de grandes superfícies como a Conforama, Fnac e Printemps) comprará à LVMH 8,5 milhões de acções da Gucci, a 94 dólares cada, uma oferta bastante superior à actual cotação dos títulos da Gucci, que subiram para 87,3 dólares após o anúncio do acordo. A segunda fase deste acordo, que se prolonga até 15 de Dezembro, será o tempo necessário para que a Gucci distribua por todos os seus accionistas, excepto os da PPR, um dividendo extraordinário de sete dólares por acção. Finalmente, a Printemps lançará uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o restante capital da Gucci que ainda não controla, com um preço de 101,5 dólares por acção. Uma vez terminada a OPA, que terá lugar entre 22 de Março e 30 de Abril de 2004, o conselho de administração da Gucci contará com nove membros, cinco dos quais da PPR, assim como o seu presidente.