Loucamania reinventa-se

A empresa especializada em vestuário lançou, durante a pandemia, a marca Stroida com o objetivo de captar novos clientes para o private label. Até ao final do ano, a Loucamania mudará para nova casa, com uma superfície de 4.600 metros quadrados, onde acolherá também a VKPrint.

Luís Gonçalves

A Loucamania começou, há 15 anos, por ser uma empresa que confecionava t-shirts básicas e, aos poucos, foi-se adaptando ao mercado, crescendo, evoluindo e somando outras valências. «Hoje em dia estamos posicionados num segmento de mercado que abrange parte de confeção de pronto-moda de senhora e, recentemente, criámos uma vertente de desporto, ou mais fitness, e apostámos numa marca própria, a Stroida», revela o diretor-geral Luís Gonçalves.

Nascida em plena pandemia, a nova insígnia foi criada com o intuito de «mostrar aquilo que sabemos fazer e de procurar um bocadinho o regime de private label, que é desenvolver os nossos modelos, as nossas matérias, em busca de clientes mais diferenciados que nos façam não estar tão dependentes de clientes como a Inditex», explica ao Portugal Têxtil.

A Stroida já atraiu novos clientes e está «a exportar para a Holanda e para a França, que eram mercados desconhecidos para nós», afirma o diretor-geral.

A par da nova marca, a Loucamania definiu uma estratégia de presença em feiras externas com vista à internacionalização. A primeiro passo será a Momad. «Temos definido e preparado um plano de feiras para dois anos e, posteriormente, avaliaremos os resultados», adianta Luís Gonçalves.

Sustentabilidade na linha da frente

Com 60 trabalhadores, a empresa teve necessidade de investir em novas instalações. Até ao final do ano, a Loucamania mudar-se-á para uma área coberta de 4.600 metros quadrados, onde acolherá também a VKPrint, outra empresa do grupo, na área do digital, que tem evoluído favoravelmente, e na qual estão previstos novos investimentos a curto prazo.

A nova casa foi pensada de forma a reduzir a pegada ambiental, com recurso a sistema de painéis solares e uso de leds. «Como trabalhamos com sublimação na nossa empresa VKPrint, há um enorme desperdício de papel. Então fizemos uma parceria com uma empresa que levanta esse material e o transforma em caixas de ovos. Esta é também uma forma de contribuirmos para um ambiente mais verde», esclarece Luís Gonçalves.

A sustentabilidade, de resto, é uma das grandes preocupações da Loucamania, que futuramente pretende também incluir, na oferta, coleções desenvolvidas com matérias-primas recicladas ou orgânicas. «Trabalhamos sobretudo com 100% algodão e as experiências que tivemos com fornecedores de materiais alternativos mais sustentáveis não correram bem, sobretudo devido aos prazos de entrega», admite o diretor-geral.