Levi’s sobe vendas

A Levi Strauss anuncia, finalmente, uma subida do seu volume de negócios. No terceiro trimestre, fechado a 25 de Agosto, o grupo americano de jeans e roupa desportiva realizou um volume de negócios de 1,02 mil milhões de euros, um aumento de 3,5% no que diz respeito ao mesmo período do ano anterior. É a primeira vez após seis anos que as suas vendas recuperam. Philip Marineau, o director-geral, congratula-se, permanecendo no entanto prudente, já que não prevê fazer muito melhor no decorrer do seu quarto trimestre de 2002. Entretanto, para 2003, ousa prever um crescimento entre os dois e os cinco por cento. «Cremos que as inovações serão o antídoto para responder às incertezas da economia», assegura ele. A Levi Strauss atingiu o seu auge em 1996, com 7,1 mil milhões de euros de volume de negócios anual. A partir daí, as suas vendas não pararam de descer devido à concorrência dos jeans da Sears, onde estão as versões mais chiques dos criadores, como Calvin Klein, Donna Karan ou Tommy Hilfiger. Nestes últimos tempos, apesar de tudo, a marca parece recuperar com determinação, através dos novos modelos que são mais de acordo com os gostos dos consumidores. O jeans de cintura descida fizeram muito sucesso entre a clientela feminina. As versões de topo de gama, vendidas nas grandes cadeias de luxo (Barney’s, Neiman Marcus…), tiveram igualmente sucesso. A Levi Strauss propõe hoje em dia, os modelos por volta dos 80 euros e mesmo os modelos ‘vintage’ a 200 euros. Sobre o espaço do mercado, as Go Khali, calças de algodão anti-nódoa, parecem ir bem e as encomendas para este Outono dos kakis são cinco vezes superiores ao que a direcção da Levi Strauss esperava. Philip Marineau poderá finalmente avistar o fim do túnel, mas mais trabalho irá ficar para fazer. Para este terceiro trimestre, os resultados de 14 milhões de euros sofreram um recuo de 1 milhão relativamente ao ano anterior. Depois da sua chegada em 1999 à direcção da Levi Strauss, Philip Marineau colocou em prática um considerável plano de reestruturação. Trinta fábricas da América do Norte foram fechadas, assim como em sete lugares europeus, enquanto que o número de efectivos diminuiu para 18 mil empregados. O fabricante de jeans tem a pouco e pouco reinventado uma empresa de marketing, e os estilistas criam novas linhas que o grupo mandou fabricar no estrangeiro a baixos preços. Mas esta conversão pesa sempre sobre as contas. As dívidas que agora se situam nos 3,6 mil milhões de euros aumentaram cerca de 2 mil milhões.