Num ambiente macroeconómico que a multinacional liderada por Daniel Harari classifica de «particularmente difícil», o volume de negócios da Lectra entre janeiro e setembro aumentou 14%, para 392,1 milhões de euros, gerando um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, desvalorizações e amortizações) de 74,9 milhões de euros (+46%). O lucro operacional, por seu lado, subiu para 52,8 milhões de euros e o lucro líquido duplicou para 35,4 milhões de euros.
Estes são os resultados consolidados da empresa, em comparação com o que a Lectra chama de números pró-forma de 2021, que integram os valores da Gerber Technology, da Neteven e da Gemini CAD Systems, que foram adquiridas ao longo de 2021, como se tivessem sido feitas logo no início do ano.
Guerra e covid têm impacto
Em comunicado, a Lectra explica que «os primeiros nove meses do ano foram marcados significativamente pela guerra na Ucrânia e pelas suas consequências. Assim que o conflito começou, a empresa decidiu terminar as suas operações na Rússia, suspendendo a atividade da sua subsidiária Lectra Russia e interrompendo todas as entregas de produtos ou serviços».
Mas, ainda que a exposição direta do grupo à Ucrânia e à Rússia seja baixa, inferior a 1% do volume de negócios, «esta guerra acelerou o aumento dos preços, falhas de energia e escassez de algumas matérias-primas», algo que, afirma a Lectra, teve um impacto limitado nos resultados financeiros «devido à sua baixa exposição a custos de energia e uma dependência limitada nas matérias-primas mais afetadas».
Ainda assim, «neste ambiente, o grupo mostrou mais uma vez a sua resiliência, com um forte crescimento dos lucros», sublinha a empresa.