Até amanhã, 11 de maio, a bota da Lavoro estará em destaque no stand da empresa na Segurex 2019, a feira especializada em proteção, segurança e defesa que se realiza na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa. A Combat Boot tem a certificação “Army Tested” do Exército Português e tem sido usada por soldados lusos em missões internacionais, como o 8.º contingente militar no Iraque, que esteve no terreno de novembro de 2018 a abril de 2019.
As botas foram concebidas no âmbito de um consórcio liderado pelo Citeve que respondeu ao desafio do Exército Português de modernização do equipamento dos soldados. A Combat Boot foi desenvolvida com base nos inputs do Exército e das conclusões de um estudo antropométrico realizado pelo Spodos – Foot Science Center, da Lavoro, aos pés de 230 militares portugueses.
O resultado foi uma bota mais leve e ergonómica, com capacidades adicionais de resistência ao calor e à chama, impermeabilidade, anti-perfuração, mais adequada a contextos de camuflagem e capaz de regular a temperatura do corpo, para melhor se adaptar às missões e à sua geografia. A bota tem mesmo duas referências, uma para clima temperado e outra para clima tropical, e recebeu a certificação “Army Tested” por parte do Exército Português.
«Com esta certificação esperamos ver facilitada a exportação deste produto para outros países», afirma Teófilo Leite, presidente da ICC – Indústria de Comércio e Calçado, que detém a Lavoro, em declarações à Security Magazine. A empresa está, de resto, a preparar a internacionalização da Combat Boot, com os olhos postos «em particular para todos os países lusófonos, mas também para todos os outros com os quais a indústria nacional tem já relações comerciais», acrescenta.
Bombeiros bem protegidos
A Combat Boot é apenas mais um dos equipamentos de proteção individual que a empresa tem lançado. No ano passado, a Lavoro lançou a Fénix 2.0, uma bota pensada e desenvolvida para minimizar os riscos associados ao combate de fogos florestais.

Nesta edição da Segurex, os bombeiros também não foram esquecidos e a Lavoro está a apresentar uma parceria com a Universidade do Minho para o estudo antropométrico dos bombeiros portugueses. O estudo SIZE FF – Estudo Antropométrico de Bombeiros faz parte do projeto Norte Americano NC170: Tecnologias de Proteção Pessoal para Riscos Ocupacionais e Ambientais Atuais e Emergentes, promovido por 12 universidades dos EUA, prevê a digitalização 3D do corpo, mãos e pés e será dinamizado pelo professor Miguel Carvalho. O estudo «visa melhorar a proteção, a funcionalidade e o conforto do vestuário e acessórios de proteção individual dos bombeiros», revela a Lavoro em comunicado, acrescentando que o mesmo «permitirá recolher ao longo de todo o país, informação antropométrica única, de grande interesse para as corporações portuguesas de bombeiros, bem como para a Lavoro, que para além do calçado profissional para bombeiros, estuda a possibilidade de, numa lógica de integração de serviços, dedicar-se também à produção/representação de vestuário de proteção».
Responsabilidade ambiental e social
A Lavoro está ainda a revelar o seu Clima Cork System 2.0, onde pretende demonstrar que a utilização de cortiça no calçado profissional é positivo para os utilizadores e para a natureza.

«Retirar a cortiça aos sobreiros, de 9 em 9 anos, permite regenerar a árvore e dar-lhe condições para continuar a crescer. O seu uso pela Lavoro possibilita regular o calor e o frio dentro do calçado, confere um conforto extra e contribui para a redução da fadiga, ao beneficiar a distribuição uniforme do peso. A cortiça favorece a criação de uma espécie de impressão plantar que torna mais natural a adaptação do pé ao calçado, favorece a saúde do pé e, desde logo, uma melhor qualidade de vida do utilizador em contexto laboral», aponta a empresa em comunicado. «Escolher calçado profissional com incorporação de cortiça significa escolher uma vida profissional melhor e dar vida a um planeta melhor», resume Teófilo Leite em comunicado.
As propostas da Lavoro na Segurex 2019 contemplam igualmente novidades na gama Lavoro TT e no calçado profissional adequado à anatomia do pé feminino. A gama Lavoro Woman tem ainda uma vertente solidária, já que parte das vendas revertem a favor da investigação do cancro da mama, na sequência de um protocolo com o IPO – Porto. «Apesar da taxa de mortalidade estar a diminuir, a verdade é que em Portugal são detetados anualmente cerca de 5.000 novos casos de cancro da mama e 1.500 mulheres morrem vítimas desta doença. É uma realidade que nos choca, com a qual infelizmente temos contacto porque somos o único produtor de calçado profissional com modelos adequados à anatomia do pé feminino», justifica o presidente do conselho de administração da ICC, que em 2019 espera faturar 16 milhões de euros.