Há modelos para todos os estilos e sensibilidades, até porque, de acordo com Maria Cunha, uma das sócias da marca, em conversa com a fashionup.pt, as Josefinas «trabalham com personas» e nem sequer têm um «perfil traçado».
Nesse círculo de personas constam nomes como Chiara Ferragni, um dos rostos mais influentes da blogosfera, Leandra Medine, mentora do portal The Man Repeller, e, mais recentemente, Aimee e Dani Song, duas irmãs que contabilizam mais de dois milhões de visitas por mês nos respetivos blogs de moda. Ambas decidiram rematar os seus coordenados para a Semana da Moda de Nova Iorque (em fevereiro) com as sapatilhas Louise (o modelo mais baixo de pelo falso colorido que é parte da dupla Thelma e Louise da marca).
Aimee e Dani foram ainda mais longe e partilharam através das redes sociais Snapchat e Instagram as fotografias alusivas, recorrendo à hashtag #josefinasportugal – que desde que a marca chegou àquela rede social, em 2014, tem motivado partilhas similares à volta do globo, fazendo hoje viagens pelos pés de uma lista de seguidores de mais de 40 mil pessoas.
A Josefinas é, de resto, uma das “marcas de calçado nacional mais mediáticas nos media internacionais”, de acordo com a Marketeer.
Este reconhecimento foi conseguido «com muito trabalho e determinação. Não se pode desistir ao primeiro não, nem ao segundo, na realidade, a nenhum», sublinha Maria Cunha, acrescentando que a Josefinas «é uma marca que está a crescer, que representa que nada é impossível, e tudo que conquistou até hoje é fruto de muito trabalho e de acreditar que nada é impossível», considera sobre o impacto que a marca tem tido desde que foi apresentada aos coordenados das mulheres em 2013.
Filipa Júlio, a fundadora, arquiteta de profissão e amante confessa de calçado, começou a ir ao ballet – pela mão da avó Josefina – em criança e daí veio a inspiração para criar a marca de calçado que está nos pés do mundo. Os EUA são «o melhor mercado» e, apesar de o website da marca ser o seu principal ponto de venda, a Josefinas está presente «em boutiques exclusivas em Milão, Madrid, Latvia, Luxemburgo, Riade, Nova Iorque, bem como no Dubai, no Shoe Level District», revela Maria Cunha.
A decidir os destinos da marca estão as três sócias Filipa Júlio, Maria Cunha e Sofia Oliveira – as últimas duas estiveram recentemente na sede do Instagram, em Nova Iorque, assinalando a Josefinas como a primeira marca portuguesa parceira da rede social.
Maria Cunha e Sofia Oliveira estiveram, a convite de Eva Chen, a diretora das parcerias de moda do Instagram, na icónica #MiniConferenceRoom”, uma sala de conferências em miniatura e a Josefinas terá agora acesso a dicas e informações exclusivas na plataforma.
Embora a grande aposta sejam as sabrinas, a Josefinas tem vindo a alargar a oferta de luxo a outros estilos – com as botas “Twiggy” (ver Amor de outono) – e ao calçado desportivo – com as edições especiais “Dream Big”, o modelo enlaçado, e com “Thelma & Louise”, a proposta agora personalizável.
Sendo que o modelo com pelo colorido (Louise) é «atualmente o bestseller», ao lado das sabrinas.
A par disso, o clássico modelo continua a merecer as mais renovadas adendas. Há propostas para mães e filhas – as “Sweet, Sweet Love” e as “Tenderness Blue”, com preocupações humanitárias. Modelos que celebram Marie Antoinette e Cleópatra, o lado feminino dos Beatles, em “Pop Square”, ou a Ballets Russes, a companhia de ballet mais influente do século XX, em “Moscovo” (ver As bailarinas de Alexa). Há ainda uma edição que enaltece o movimento feminista e um dos seus mais proeminentes rostos – Gloria Steinem. A feminista juntou-se às Josefinas no movimento #ProudToBeAWoma, emprestando o seu nome à edição especial “Josefinas Women for Women by Gloria Steinem”.
«Temos uma equipa talentosíssima, da qual temos muito orgulho. Existem sempre momentos de grande brainstorming que nos ajudam a manter a criatividade. Mas trabalhamos num ambiente criativo e acima de tudo muito feliz», destaca, à fashionup.pt, Maria Cunha sobre a originalidade de cada edição da Josefinas. Todos os modelos têm uma história que se junta à qualidade do trabalho artesanal – entre o material e as aplicações de metais e pedras preciosas – que vai da sola à caixa dos sapatos e que acaba por ditar o seu preço (há modelos que ultrapassam os 1.000 euros).
Sobre o futuro, a sócia começa por citar «um crescimento que rondou os 200% em 2015» e a expectativa de um 2016 «histórico». «Temos grandes novidades que infelizmente não podemos revelar, mas em breve será possível. Para o futuro, pretendemos ser uma marca que inspire mulheres e as ajude a atingir os seus sonhos e objetivos – este é o nosso maior sonho», confessa.