A exposição Plug-in, que estará no MAAT a partir de 29 de setembro, reúne obras inéditas, algumas peças icónicas produzidas pela artista plástica desde 2000 e obras da Coleção de Arte Fundação EDP, «estabelecendo um diálogo entre o património da eletricidade, a tecnologia e as artes plásticas», revela o MAAT.
Num primeiro espaço, o MAAT Central, a artista mostra a Árvore da Vida, uma obra criada no contexto da Temporada Cruzada Portugal-França e adaptada agora Sala da Baixa-Pressão Sul da Central Tejo. A obra, composta por 140.000 folhas (10.000 das quais iluminadas por LEDs), 354 ramos e 13 metros de altura numa escultura monumental inteiramente bordada à mão, esteve até ao início do mês na Sainte-Chapelle de Vincennes, em Paris.
Já no espaço MAAT Gallery serão apresentadas sete obras, indica o MAAT. O conjunto é composto pela inédita Drag Race (2023), que estabelece um diálogo com War Games (2011), duas viaturas convencionais transformadas em obras de arte, a primeira exuberantemente ornamentada com talha dourada e plumas e a segunda coberta com espingardas brinquedo e recheada com bonecos de peluche, duas peças que marcaram presença no Guggenheim Museum de Bilbau, a máscara de espelhos popularizada com o título I’ll Be Your Mirror (2019) e o gigantesco anel Solitário (2018), que será instalado no exterior do museu, e a escultura têxtil Valkyrie Octopus, criada em 2015 para o casino MGM Macau, que, pela primeira vez na Europa, será suspensa na Galeria Oval.
«23 anos mais tarde – e depois de ter firmado o seu nome na cena mundial da arte contemporânea – a artista portuguesa regressa à beira-rio com uma exposição ambiciosa. A partir do património da eletricidade, que está na génese da atuação da Fundação EDP, e do diálogo entre tecnologia e artes plásticas, presente em muitas das suas criações, restabelece a ligação com o público da sua cidade», considera o MAAT.
Estreia em Florença
Já a partir de 4 de outubro, as obras de Joana Vasconcelos poderão ser vistas nas Galerias Uffizi e no Palácio Pitti, na cidade italiana de Florença, numa exposição que estará aberta ao público até 14 de janeiro de 2024.
“Entre o céu e o coração” é o título da exposição a que estará patente tanto nos espaços da galeria como no Palácio dos Medici do Palácio Pitti, e que estará patente até 14 de janeiro de 2024.
«Sou uma artista contemporânea e nunca teria sonhado em expor ao lado de obras de Leonardo da Vinci, Michelangelo ou Caravaggio. Este convite do diretor dos ‘Uffizi’ é uma grande honra. Porque, independentemente de os artistas estarem vivos ou mortos, o mais importante é o diálogo que se gera entre as obras», afirma Joana Vasconcelos, numa nota divulgada pelo museu.
A Galeria dos Ofícios acolhe um dos mais antigos e famosos museus do mundo, com salas onde estão dispostas obras do século XII ao século XVIII, incluindo aquela que é considerada a melhor coleção do mundo de obras do Renascimento de artistas como Rafael, Ticiano, Rubens, Rembrandt, Canaletto e Sandro Botticelli.
«O edifício em si é o enquadramento da produção artística, independentemente do século de onde provém. Este espaço tem o poder mágico de apagar o tempo, é como uma máquina do tempo. A coisa mais maravilhosa dos ‘Uffizi’ é a história da arte», acrescenta Joana Vasconcelos.
O diretor das Galerias, Eike Schmidt, indicou estar orgulhoso por «acolher a primeira exposição de Joana Vasconcelos em Florença».
A artista continua ainda a sua colaboração com a Dior. Depois de ter estado nos desfiles da casa de moda francesa em Paris e Shenzhen, até 8 de outubro a Valkyrie Miss Dior está instalada no MGM Cotai em Macau, enquanto em Nova Iorque está uma obra customizada com a coleção de inverno da Dior.
