JEF reforça a Norte

A marca portuguesa está em busca de novos mercados e a Dinamarca e os Países Baixos são os próximos alvos, numa altura em que prepara a abertura de uma flagship na cidade do Porto.

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Apostada em elevar o made in Portugal e a lusofonia em propostas onde a qualidade tem primazia, a JEF, criada em 2019, está a dar novos passos na internacionalização, depois de um ano de 2022 que, devido à pandemia, acabou por ser o primeiro de atividade sem restrições.

«Só no último ano é que as coisas começaram a acontecer. Até aí foi o marasmo, era tentar dar-nos a conhecer, tentar mostrar um projeto que, sabemos, tem pernas para andar e tem futuro, mas não o poder fazer porque os canais estavam bloqueados», explica Carla Maldonado, brand manager da JEF, ao Portugal Têxtil. «Este último ano foi aquele em que finalmente começámos a conseguir mostrar-nos ao mundo», aponta.

Carla Maldonado

Os EUA são, atualmente, o mercado externo onde a marca está presente há mais tempo, expondo em feiras como a Society, em Nova Iorque, onde estará novamente na próxima edição, agendada para 24 e 25 de julho. «Sabemos que é um mercado difícil, desafiante, mas que é um mercado que quando se entra, como se costuma dizer, toma tudo e mais alguma coisa. Esperamos que assim seja e estamos preparados para isso», destaca Carla Maldonado.

O Norte da Europa está igualmente em foco na estratégia da JEF. «Temos um agente que faz grande parte da região», revela a responsável da marca, que neste semestre estará também nas feiras ModeFabriek, nos Países Baixos, a 9 e 10 de julho, e na CIFF x Revolver, na Dinamarca, de 9 a 11 de agosto. «Vamos tentar agora estes dois mercados e todas as envolvências para o Norte», acrescenta.

Nova loja no Porto

Embora Portugal não seja o mercado de eleição para a marca, a JEF está a preparar a mudança da sua loja no centro comercial Península para rua Mouzinho da Silveira, também no Porto. «Será a flagship, para nos representar. É uma loja maior numa das artérias mais nobres da cidade», sublinha Carla Maldonado, que servirá também para que «possamos afirmar o made in Portugal». Já nos mercados externos «queremos trabalhar com lojas de outros», refere.

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O mercado nacional, de resto, tem uma dimensão reduzida e um público ainda pouco alinhado com a proposta de valor da marca, considera a brand manager. «Portugal ainda não percebe muito a questão da qualidade e do preço que tem que haver por trás da qualidade. Também se calhar não temos recursos, mas se se percebesse que quando se compra muito e mal, ao fim de pouco tempo as coisas vão todas parar a um aterro, o que causa os problemas que todos sabemos, se calhar não era assim», acredita.

No geral, as perspetivas para o resto do ano são positivas, sobretudo tendo em conta o reforço da aposta na internacionalização. «Estamos bastante expectantes com aquilo que vai acontecer nesta ronda de feiras e também do trabalho do nosso agente, que vai para a segunda coleção. Mas as expectativas são as melhores», conclui Carla Maldonado.