As visitas à Riopele, Pedrosa & Rodrigues, RDD e Valérius 360 causaram um forte impacto nos jovens designers europeus pelo avançado nível tecnológico e preocupação com a sustentabilidade ambiental e social, com muitos a prometerem voltar como clientes num futuro próximo.
A visita a empresas da indústria têxtil e vestuário é já um ponto obrigatório no programa dos jovens designers que participam no Concurso Europeu de Jovens Designers, uma iniciativa promovida no âmbito do projeto ModaPortugal, que pretende «valorizar o design de moda e o talento, mostrar aos novos talentos internacionais aquilo que fazemos e, acima de tudo, criar pontes para o futuro», como explicou o presidente do CENIT, Luís Hall Figueiredo.
Pontes que são bem-vindas, inclusivamente do lado da indústria. «As escolas de moda fazem um belíssimo trabalho no sentido de estimular a criação e até o conhecimento técnico, conceptual dos alunos. Contudo, há uma realidade concreta que apenas é observável quando se está próximo de quem faz. Acho que por mais completas e mais ricas que sejam estas formações na moda, sem experiência na indústria, sem conhecer, sem ir a uma fábrica e ver os diferentes passos que são necessários para executar um produto, dificilmente se compreende realmente a moda na totalidade. Eu acho que esta experiência da fábrica é tão formativa como a academia, por isso, todas as iniciativas que nós recebemos de escolas são recebidas de portas abertas aqui na Pedrosa& Rodrigues», afirmou, ao Portugal Têxtil, Ana Pedrosa Rodrigues, administradora da empresa de confeção.
«Fiquei impressionado, no geral, em como a indústria têxtil portuguesa é moderna e aberta. Todas as empresas que visitámos mostraram-se muito preocupadas em reduzir a pegada de moda no ambiente», resumiu Paulo Mileu, também da Polimoda.