ITV enfrenta ameaça global

Segundo um relatório da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos (USITC), as falhas na indústria de têxteis e vestuário são vista como uma boa oportunidade de investimento pelos investidores estrangeiros. No entanto, este relatório não quantificava os possíveis investimentos em perspectiva. O relatório adverte os profissionais indianos da ameaça que emerge dos profissionais do North American Free Trade Agreement (NAFTA) e do Caribbean Basin Economic Recovery Act (CBERA). Isto deve-se ao facto dos têxteis e vestuário indianos estarem bastante relutantes em relação às exportações para os Estados Unidos da América. A USITC afirma que o objectivo do governo indiano, de atingir 50 mil milhões de dólares (11 milhões de contos) em exportações de têxteis e vestuário até 2010, criou grandes oportunidades de investimento para as empresas dos EUA e outros investidores estrangeiros. Na realidade, a eliminação das quotas dos têxteis e vestuário a partir de 1 de Janeiro de 2005, sob o regime da OMC, vai provavelmente gerar competição intensa em todo o mundo. Mas a ITV da Índia, tem grandes chances de crescer num mercado livre de quotas. A Índia tem potencial para se tornar um grande mercado para as próprias marcas. Os segmentos que mais rapidamente poderão crescer no mercado são os lençóis e toalhas de algodão e algodão/polyester. Os negociantes indianos admitem que, o actual ambiente na Índia é mais favorável a investimentos têxteis de produção em larga-escala. Segundo Amit Goyal presidente da Confederação Indiana de Exportadores de Vestuário (Confederation of Indian Apparel Exporters) – CIAE, «os negociantes dos Estados Unidos devem estar interessados devido ao potencial dos mercados indianos, dado que a indústria de vestuário está já condenada». Goyal afirmou ainda que os países desenvolvidos como os Estados Unidos e outros, fizeram acordos regionais para se ajudarem, criando desta forma barreiras aos países asiáticos. No entanto, a ITV indiana enfrenta também ameaças globais. Os líderes industriais afirmam que a proliferação das áreas comerciais livres e acordos regionais de comércio livre, vão ter um impacto adverso na competitividade da Índia e oportunidades. A indústria têxtil teme que com a eliminação das quotas a 1 de Janeiro de 2005, vá haver uma onda de medidas de proteccionismo nos países industrializados, como anti-dumping e o uso de questões de trabalho e ambientais para proteger a indústria nacional nestes países. Mas os têxteis e vestuário indianos vão atravessar mudanças estruturais numa tentativa de melhorar a sua competitividade, através de um conjunto de investimentos por parte de alguns produtores, em novas tecnologias, capacidade de expansão e formação de “joint ventures” com empresas estrangeiras.