ITV da Indonésia em apuros

A indústria têxtil e vestuário da Indonésia poderá entrar em “colapso” num prazo de três anos caso o governo não tome medidas urgentes para ajudar as empresas através da redução dos impostos, advertiu um representante da indústria da Indonésia na passada quinta-feira. Esta mensagem foi dada pelo presidente da Associação Têxtil Indonésia (ATI), Benny Soetrisno, que adiantou que a situação está a agravar-se com o difícil clima de negócios, pelas elevadas taxas de juro, pelos altos custos de energia e pelas frequentes alterações nas condições laborais laboral. Na opinião de Soetrisno os ministros precisam de garantir a capacidade competitiva das empresas, para assegurar a salvação dos fabricantes de vestuário indonésios no combate à liberalização de quotas em 2005. Caso a situação continue a deteriorar-se, a indústria têxtil irá entrar em colapso em 2005. “Isto irá suceder às indústrias orientadas para a exportação que produzam os mesmos produtos que os seus competidores estrangeiros”, adiantou o presidente da associação. “Um estudo levado a cabo pela ATI mostra que o clima negocial na Indonésia não é tão bom como nos países actuais concorrentes como é o caso da China, Vietname e Tailândia”, adianta. Benny Soetrisno acrescentou como exemplo da angústia pela qual o sector está a atravessar o facto de “cerca de 76 fábricas terem fechado, algumas delas possivelmente a deslocalizarem-se para outros países”.