Os números foram apresentados na conferência “Textile Made in Italy 5.0”, promovida pela federação Sistema Moda Italia (SMI) no passado dia 18 de maio e dedicada aos têxteis técnicos.
O volume de negócios dos têxteis técnicos italianos, destaca a federação, representa 37,9% da produção têxtil italiana e 25,8% de toda a produção europeia (equivalente a 26 mil milhões de euros). As exportações atingiram quase 50%, o equivalente a um valor superior a 3 mil milhões de euros.
«O sector emprega pouco mais de 27.000 pessoas em cerca de 2.800 empresas, caracterizando-se por uma dimensão reduzida, com um elevado nível de especialização e investigação com o objetivo de desenvolver sempre novas performances nos materiais», acrescenta a SMI.
Importância na Europa
Durante o evento, Aldo Tempesti, diretor da divisão de têxteis técnicos da SMI-TexClubTec, a associação italiana de têxteis técnicos e inovadores, referiu que o consumo mundial de têxteis técnicos foi de 160 mil milhões de euros em 2021, sendo que a China detém uma quota de 60% na produção deste tipo de têxtil, seguida pela UE (15%) e os EUA (9%). Mas em termos de exportações, a UE assume a liderança, com uma quota de 37%, em comparação com 36% da China e 10% dos EUA. «Isto significa que grande parte da produção chinesa é para consumo interno», indicou, salientando, ainda, que o valor por tonelada da UE «é quase o dobro» do da China.
Já Elisabetta Gaspari, presidente da secção de têxteis técnicos na SMI, realça que «a excelência de produção que estava há muito tempo na sombra. Hoje os têxteis técnicos são um elemento fundamental no cenário de economia circular que estamos a construir para os próximos anos. A performance dos têxteis passará a ser regra e para isso é necessário aumentar a permeabilidade entre os vários sectores de produção de têxteis e vestuário como impulso para o crescimento do nosso sistema de moda».