Continuando a antevisão do cenário actual e pós-quotas no mercado mundial de têxteis e vestuário, o artigo doJust-style.com analisa mais alguns países de relevo neste contexto.
No que respeita à Índia, este país é considerado por muitos compradores americanos como uma forte alternativa à China, e, a longo prazo, a sua competitividade pode igualmente a ser afectada pelo acelerado crescimento económico e pela correspondente subida da procura interna de produtos têxteis e vestuário.O trabalho neste país é abundante e relativamente barato, sendo a sua força laboral em geral bem preparada e experiente neste sector.A Índia conta-se entre os maiores produtores mundiais de fios e tecidos para confecção, tendo como produtos mais fortes o vestuário e os têxteis para o lar.Quanto ao ambiente de negócios, predomina a segurança de pessoas e bens nos movimentos entre as fábricas e os portos e aeroportos, apesar da pesada estrutura burocrática constituir ainda um problema para muitos clientes estrangeiros.O Paquistão perfila-se como outro dos fornecedores preferenciais dos retalhistas e marcas de vestuário dos Estados Unidos, em especial no que diz respeito ao vestuário para homem, devendo continuar igualmente a ser um dos principais fornecedores globais de fios e tecidos de algodão.Em relação à mão-de-obra paquistanesa, ela é também extensa e de relativamente baixo custo.Uma das grandes mais-valias deste país é o fácil acesso à forte produção local de algodão cru, bem como as medidas adoptadas pelo governo no sentido de melhorar a competitividade da sua ITV a nível global, ao nível da segurança e higiene no trabalho e na segurança de pessoas e produtos.Outro país mencionado neste estudo doJust-style.com é o Bangladesh, cujo estatuto como fornecedor privilegiado dos Estados Unidos permanece de certa forma incerto, sendo ainda assim preferido por muitos compradores americanos para artigos de baixo custo e produção em massa.A mão-de-obra é também aqui extensa, com baixos salários, tendo o governo vindo a desenvolver esforços no sentido de melhorar as respectivas condições de trabalho.O Bangladesh beneficia igualmente de condições especiais em termos de exportação, nomeadamente a isenção de taxas aduaneiras para mercados como a União Europeia e os Estados Unidos.Ainda no extremo asiático, as Filipinas surgem igualmente como um dos fornecedores do mercado americano, cujas exportações de vestuário deverão no entanto diminuir após o fim do actual sistema de quotas, como aliás já aconteceu nos artigos em que as quotas foram abolidas, como por exemplo o vestuário de bebés.Outras características de relevo deste país são uma força laboral que é experiente e fala em geral a língua inglesa, e cujos salários são comparativamente elevados, destacando-se ainda o clima político e social instável.A Tailândia deverá também ver as suas exportações para os Estados Unidos decair, podendo no entanto assumir-se como fornecedor privilegiado de artigos para determinados nichos de mercado, cuja produção exija complexos conhecimentos e técnicas.Em relação à Turquia,trata-se de outro dos fornecedores do mercado americano cujo futuro se afigura incerto, devendo ainda assim continuar a ser um dos grandes abastecedores de tecidos de algodão da indústria têxtil e do vestuário mundial.Outra das vantagens dos fabricantes turcos é a proximidade geográfica da União Europeia e o acesso a este enorme mercado consumidor, livre de tarifas aduaneiras.Finalmente, o Egipto,país que também deverá perder importância como fornecedor das marcas e retalhistas americanos, após 2005.A indústria têxtil e do vestuário deste país africano caracteriza-se pelo tecido empresarial na maioria detido pelo Estado e pelo excesso de mão-de-obra, além da tecnologia ultrapassada e pela produtividade relativamente baixa.Este é um sector claramente marcado pelos artigos em algodão, produto do qual o Egipto é um dos maiores produtores mundiais.