A ideia foi desenvolvida por uma equipa da Universidade de Houston, nos EUA, que conseguiu desenhar e desenvolver um protótipo de uma bateria de ião lítio num tecido de prata com características flexíveis.
«Como grande fã de ficção científica, conseguia imaginar um futuro do género no qual as nossas roupas são inteligentes, interativas e com energia», afirma Haleh Ardebili, professora de engenharia mecânica na Universidade de Houston, que teve a ideia. «Parecia um passo natural para criar e integrar baterias extensíveis com vestuário e dispositivos flexíveis. Imagine-se esticar ou dobrar o computador portátil ou o telemóvel para pôr no bolso. Ou usar sensores interativos integrados nas nossas roupas que monitorizam a nossa saúde», exemplifica.
Algumas destas ideias já começam a tornar-se realidade. Contudo, tal como acontece com toda a eletrónica, é necessário ter uma fonte de energia. Um dos principais constrangimentos ao desenvolvimento de eletrónica ou wearables de nova geração integrada em tecidos é que as baterias convencionais são, normalmente, rígidas, o que limita as funcionalidades dos artigos, e usam um eletrólito líquido, que gera preocupação ao nível da segurança. Os eletrólitos líquidos orgânicos convencionais são inflamáveis e podem levar a que as baterias se incendeiem ou até expludam sob determinadas condições.
«A viabilidade comercial depende de muitos fatores, como escalar a produção da bateria, o custo e outros elementos», aponta. «Estamos a trabalhar nessas questões e objetivos à medida que otimizamos e melhoramos a nossa bateria flexível», refere a professora, que aponta como meta «assegurar que as baterias são o mais seguras possível».