Intecol investe na produção

Para além dos collants com as cores e feitios ditados pela moda, a Intecol quer chegar a mais segmentos de mercado, sempre com produtos de valor acrescentado. O primeiro passo nesse caminho são os artigos de compressão, uma nova área de negócio que está a impulsionar investimentos e a contratação de mais pessoas.

O investimento projetado para esta mudança de estratégia da produtora de collants ascende a 500 mil euros só este ano. «A empresa está a passar por uma profunda reestruturação, com a entrada numa nova linha de produto», afirmou Filipe Ferreira, diretor-geral da Intecol, num artigo publicado na edição de abril do Jornal Têxtil.

«Estávamos mais vocacionados para uma linha de moda e passamos para uma linha mais técnica, com artigos de compressão, que é um artigo que não está sujeito a flutuações do mercado em termos de procura», justificou. «Pensamos que a parte medicinal vai permitir a sustentabilidade da empresa. O mercado sente cada vez mais uma procura por produtos baratos e a Intecol sempre esteve vocacionada para produtos de qualidade, pelo que muitas vezes não se pode fazer os preços que muitos clientes querem», acrescentou.

A aposta nesta nova área surge ainda por intervenção de um novo cliente, com quem a Intecol, que exporta 80% da produção, estabeleceu um contrato a médio/longo prazo. «É um grupo internacional de grande dimensão que está presente em todo o mundo, ou seja, desde a América à Ásia, passando evidentemente pela Europa. Estamos a falar num nível de vendas que, no mínimo, quintuplicará em 2017 o nosso nível de faturação», confessou o diretor-geral, que antecipa um volume de negócios de 3,7 milhões de euros em 2017. «Estou a falar apenas da primeira fase. Temos de ser minimamente cautelosos e vamos indo passo a passo, mas a ideia é crescer além disso e passará inclusivamente por criar outra unidade de produção. Mas isso a longo prazo, ou seja, a partir do quinto ano», referiu Filipe Ferreira.

O novo projeto deverá ainda levar à contratação de mais trabalhadores na empresa, que atualmente emprega 34 pessoas. «No total poderemos contratar 14 a 20 pessoas. Mas quer o investimento em máquinas, quer em recursos humanos será gradual», concluiu.