A tecnologia da Infinited Fiber Company – considerada uma das inovações de 2020 – transforma materiais à base de celulose, como têxteis ricos em algodão, cartão usado ou palha de arroz e trigo em Infinna, uma fibra têxtil com o aspeto natural e macio do algodão, e com o mesmo toque. Atualmente, a Infinited Fiber opera instalações-piloto nas cidades de Espoo e Valkeakoski, na Finlândia, com uma capacidade conjunta de 150 toneladas por ano. Mas agora a empresa quer criar uma unidade industrial capaz de produzir anualmente 30 mil toneladas, que irá ainda usar resíduos têxteis pós-consumo como matéria-prima.
«Isto marca uma nova fase entusiasmante para a Infinited Fiber Company. Estamos a registar uma grande procura pela fibra têxtil circular Infinna por parte de marcas de moda mundiais. Construir a nossa própria fábrica é uma resposta a esta procura. Embora o licenciamento de tecnologia continue a ser fulcral para a nossa estratégia de negócio a longo prazo, esta unidade vai acelerar a disponibilidade da Infinna para o mercado têxtil e de moda mundial no curto a médio prazo», afirma o cofundador e CEO da empresa, Petri Alava.
Aproveitar as sinergias
«A Finlândia tem uma longa história de indústrias baseadas em celulose, excelentes capacidades de engenharia e uma forte vontade de ser líder na circularidade. Estamos atualmente a considerar várias localizações potenciais na Finlândia, onde a infraestrutura existente apoia os nossos planos», explica Petri Alava.
De acordo com a informação da Infinited Fiber, são produzidas mais de 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis por ano, com grande parte a acabar em aterros ou incinerados. Já a procura por fibras têxteis está a aumentar, com a Textile Exchange a estimar que o mercado mundial cresça 30%, para 146 milhões de toneladas até 2030, em comparação com 111 milhões de toneladas em 2019.