O sector produtivo continua a expandir-se nos EUA, mas à taxa mais baixa desde que começou a recuperação da pandemia de coronavírus, de acordo com o Manufacturing Business Survey Committee do Institute for Supply Management (ISM).
O Report On Business do ISM revela que o PMI na indústria produtora em outubro se situou em 50,2%, menos 0,7% do que os 50,9% observados em setembro, indicando uma expansão da economia pelo 29.º mês consecutivo, depois da contração em abril e maio de 2020. Contudo, o valor é o mais baixo desde maio de 2020, quando registou 43,5%.
O índice de novas encomendas manteve-se em contração, em 49,2%, 2,1 pontos percentuais mais alto do que os 47,1% registados em setembro. A leitura do índice de produção de 52,3% confirma um aumento de 1,7% em comparação com o valor de 50,6% em setembro, enquanto o índice de preços registou 46,6%, menos 5,1% que no mês anterior. Esta é a leitura do índice mais baixa desde maio de 2020 (40,8%). O índice de novas encomendas para exportação ficou em 46.5%, traduzindo igualmente uma descida, de 1,3%, face ao mês anterior.
«O sector industrial dos EUA continua a expandir-se, mas à taxa mais baixa desde que começou a recuperação da pandemia», explica, no relatório, Timothy Fiori, presidente do Manufacturing Business Survey Committee do ISM. «Com os panelistas a reportarem um abrandamento das taxas de novas encomendas ao longo dos últimos cinco meses, o índice de outubro reflete as empresas a prepararem-se para uma potencial procura mais baixa no futuro. Entretanto, a procura abrandou, com o índice de novas encomendas a continuar em território de contração, o índice de novas encomendas para exportação a ficar abaixo dos 50% pelo terceiro mês consecutivo e a uma taxa mais rápida de contração, o índice de inventário dos clientes a permanecer a um nível baixo, com a mesma leitura que em setembro e o índice de encomendas em espera a baixar para contração».
Mais encomendas no vestuário, menos no têxtil
Já a indústria têxtil evidenciou um declínio ao nível do crescimento, fazendo parte de um grupo de 10 indústrias a sentir a queda. Este sector reportou ainda uma redução nas novas encomendas e nas novas encomendas para exportação em outubro, assim como uma diminuição ao nível da produção – foi mesmo a indústria que conheceu a maior queda.
Vestuário, têxtil e couro e indústrias associadas reportaram entregas mais lentas por parte dos fornecedores em outubro, mas as duas últimas indicaram estar a pagar menos pelas matérias-primas.